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Prato de mingau quente

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Nas eleições de 1982 para o governo do Rio, Leonel Brizola estava em quarto colocado quando lhe perguntaram como faria para chegar ao Palácio Guanabara. A resposta virou um clássico: “Política é igual a um prato de mingau quente, a gente vai comendo pelas bordas”. Meses depois, ele ganhou a eleição. Passados mais de trinta anos, um de seus maiores seguidores está seguindo a risca esse conselho. Há semanas Anthony Garotinho percorre municípios do interior em uma extensa agenda de pré-campanha com prefeitos, vereadores e líderes comunitários. São lideranças órfãs das articulações de Jorge Picciani e da caneta de Sérgio Cabral. “Venho fazendo pesquisas e tenho aparecido em primeiro ou segundo colocado nesses municípios”, diz Garotinho. Seu roteiro não tem sido acompanhado por boa parte dos analistas e sequer entra no radar do Partido do Apartamento da Paula Lavigne. O ex-governador analisa que o quadro eleitoral no Rio ainda é confuso. “Não acredito, por exemplo, que Romário vá mesmo até o final ou se Eduardo Paes conseguirá reverter sua atual inelegibilidade”, analisa. Garotinho acredita que hoje sua maior dificuldade reside em comprovar que está no mesmo no jogo pra valer. “Vencendo isso, pode contar comigo no segundo turno”.

Crise na ciência 1 

O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Gabriell Neves, determinou, ontem, abertura de processo administrativo para apurar a obra do “Palácio da Ciência e dos Ratos”, onde o governo torrou R$ 20 milhões a troco de nada. Todas as áreas envolvidas e responsáveis pelo empreendimento deverão se manifestar no prazo máximo de cinco dias. Em seguida, o processo seguirá para a Procuradoria Geral do Estado. 

Crise na ciência 2 

O secretário esclarece, ainda, que não há definição sobre o pedido de exoneração do presidente da Faperj, Ricardo Vieiralves. Os dois se reuniram ontem e voltarão a se encontrar esta semana para decidir quais passos serão tomados sobre a direção da Faperj.

Papo macio 

Em reunião domingo Romário roubou de vez o coração dos ex-brizolistas do Pátria Livre.

Pela estrada afora 

Pré-candidato do PSOL ao Planalto, Guilherme Boulos prepara sua primeira viagem internacional. Vai este mês a Lisboa, participar de reuniões com lideranças do Bloco de Esquerda sobre a democracia e os desafios da esquerda. O convite partiu do sociólogo Boaventura Santos.

Jejum na berlinda 

Os deputados Wadih Damous e Paulo Pimenta protocolaram ontem na Corregedoria do MP, uma reclamação disciplinar contra o procurador Dalton Dallagnol por infração ao código de ética do Ministério Público.

Motivações 

O motivo foi o anúncio feito por Dallagnol em suas redes sociais que fará jejum e orações hoje pela prisão de Lula. Os parlamentares alegam que o procurador faz “proselitismo religioso nas redes sociais, agredindo assim o princípio da impessoalidade e imparcialidade em sua atuação” e pedem que sejam adotadas as punições cabíveis ao caso.

Agora vai! 

Em sua caminhada rumo ao Planalto, o carismático ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin lançou um aplicativo para se aproximar do eleitorado. Chama-se “Talckmin”. A coluna resistiu, mas não fará comentários.

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LANCE LIVRE

Antonio Neto é o novo presidente do diretório municipal do PDT em São Paulo. Gilberto Gil foi reconfirmado  na presidência do conselho do BrBio – Instituto Brasileiro de Biodiversidade. Os pré-candidatos do Frente Favela Brasil (FFB) Nega Gizza e Anderson Quack assinaram ontem a ficha de filiação do PSOL. Gizza vem a estadual e Quack, federal. O vereador Eduardo Suplicy fará homenagem a Marielle Franco na Câmara de São Paulo.