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Varejo consolida recuperação em 2017

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O crescimento esperado para o comércio varejista em 2017 deve ser de 3,9%, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, divulgada pelo IBGE. Em novembro, o volume de vendas nos 10 segmentos que integram o varejo ampliado avançou 2,5% em relação a outubro, já descontados os efeitos sazonais. Esse foi o melhor resultado na comparação mensal desde que o IBGE passou a divulgar os dados do varejo ampliado em 2003. Em relação a novembro de 2016, a alta foi de 8,7%, a maior desde 2010.

A CNC projeta ainda um crescimento de +5,1% para 2018, se preservado o cenário atual de inflação abaixo da meta e juros em queda. “Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação permanecerá livre de pressões maiores no curto prazo e, mesmo em um horizonte mais amplo, deverá encerrar o ano abaixo do centro da meta de inflação. Esse processo permitirá, portanto, que as taxas de juros mantenham a atual trajetória de queda – ingrediente fundamental para a sustentabilidade do crescimento das vendas ao longo de 2018”, afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.

Segmentos em destaque 

Os segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (+8,0%) e móveis e eletrodomésticos (+6,1%) foram os principais destaques de novembro, impactados pelo aumento das vendas decorrentes da Black Friday.

Recuperação nos estados 

No acumulado do ano de 2017, até novembro, o varejo acusou alta de 3,7% no volume de vendas, registrando recuperação em 23 das 27 unidades da Federação, com destaques para os Estados de Santa Catarina (+14,6%), Rio Grande do Sul (+12,5%) e Amazonas (+11,7%). 

Para Fabio Bentes, o ano de 2017 ficou marcado pela reversão no processo de sucessivas quedas nas vendas, que já durava três anos. “Entre 2014 e 2016, o volume médio de vendas do setor recuou 20%, revelando que, apesar dos recentes resultados positivos, a estrada de recuperação do nível de vendas anterior à crise econômica será longa, não devendo ocorrer antes de 2020”, destaca.