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Intenção de consumo das famílias registra maior nível desde 2015

Apesar da alta, índice continua abaixo da zona de indiferença (100 pontos)

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 81,7 pontos em dezembro de 2017, o maior nível do indicador desde agosto de 2015, quando estava em 81,8 pontos. Na comparação com novembro, o aumento foi de 1,9%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice também apresentou alta de 7,2%.

“A melhora gradativa das condições econômicas impulsionou a recuperação da confiança das famílias. A trajetória favorável da inflação, aliada a um leve recuo no custo do crédito e à retomada da massa salarial, vem permitindo um menor comprometimento do orçamento das famílias, liberando uma fatia maior desses recursos para o consumo”, explica Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.

Emprego atual apresenta nova alta

Único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 109,5 pontos, o componente Emprego Atual aumentou 0,6% na comparação com o mês anterior. Em relação a dezembro do ano passado, também houve melhora de 2,7%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 33,1%, ante 32,9% em novembro.

A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 97,6 pontos, o subitem apresentou variação positiva de 1,4% na comparação mensal e queda de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Renda atual cresce

A percepção das famílias sobre a Renda Atual está 10% acima do mínimo atingido em junho de 2016, tendo alcançado 93,2 pontos em dezembro. Apesar de ter registrado leve queda na comparação mensal (-0,5%), houve aumento de 3,1% ante dezembro de 2016.

O componente Nível de Consumo Atual atingiu 57,5 pontos, um aumento de 2,5% na comparação com o mês anterior e de 11,2% ante dezembro do ano passado. A Perspectiva de Consumo registrou aumento de 3,4% em relação ao mês anterior e, na comparação anual, houve alta de 21,3%.

O item Momento para Duráveis apresentou incremento de 7,2% na comparação mensal. Em relação a 2016, o componente teve aumento de 15,9%. O item Acesso ao Crédito, com 74,9 pontos, registrou aumento de 1,4% na comparação mensal e de 11,3% em relação a dezembro de 2016.

Na avaliação da CNC, o resultado negativo do varejo em outubro (-1,4% no conceito ampliado) não vai desviá-lo da trajetória de recuperação já percebida em 2017. Sete dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE já apresentam recuperação no ano. Nesse sentido, a CNC mantém expectativa de alta de 3,7% nas vendas ao fim deste ano.

Acesse a análise completa, os gráficos e a série histórica da ICF.