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Missão da CNC reforça relações do Brasil com Portugal

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou na segunda-feira (13/11) da II Conferência de Lisboa sobre o Acordo União Europeia–Mercosul. O evento tratou sobre acordo de livre comércio, serviços e turismo e oportunidades de negócios para o Brasil na Europa. Coordenador da missão brasileira de empresários e técnicos que participou do evento, o vice-presidente e presidente da Fecomércio/AM, José Roberto Tadros, ressaltou a importância do papel que a Confederação exerce para o desenvolvimento dos negócios no Brasil.

Destacou ainda a representatividade da entidade, porta-voz de quase 5 milhões de empresas do setor terciário, que respondem por cerca de 25% do Produto Interno Brasileiro (PIB – soma das riquezas produzidas dentro do País). Tadros comentou que a dificuldade observada pelos portugueses para realizar negócios ocorre devido à elevada carga tributária e à desproporcional distribuição de renda.

O também vice-presidente da CNC, deputado federal Laércio Oliveira (SD-SE), também falou no evento, explicando que “a economia do Brasil volta a se recuperar e que, cada vez mais, o País será um bom lugar para investir”. Ele também se referiu à Operação Lava a Jato, que investiga denúncias de corrupção em vários segmentos, explicando que a justiça está fazendo o seu papel “para que a política no Brasil seja mais correta”. O parlamentar afirmou ainda que, “apesar dos tempos turbulentos que o País vive, os resultados positivos desse processo proporcionarão um futuro melhor para o Brasil”.

Turismo

No encontro, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, Francisco Nabo, questionou “por que o Brasil, com imenso potencial natural e cultura, só recebe 6 milhões de turistas, enquanto em Portugal esse número chega a 20 milhões. O presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, Alexandre Sampaio, explicou que deve-se à falta de prioridade orçamentária do Governo Federal para o turismo.

O executivo informou, contudo, que existem aspectos que estão sendo realizadas várias ações para melhorar o ambiente de negócios no segmento. Ele citou a flexibilização dos vistos, a criação de vistos eletrônicos, a modernização da Lei Geral do Turismo, a abertura de 100% do capital estrangeiro para as empresas aéreas e a criação das zonas de exportação turística, nas costas brasileiras, a fim de atrair investidores para instalar resorts. Sampaio destacou ainda a necessidade se incentivar as operadoras na Europa a promover o destino Brasil.

A CNC participou do evento a convite da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB). A Conferência foi realizada em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, no Auditório Cardeal Medeiros na Universidade.

Acordo

Hoje (14), a comitiva esteve na Confederação Empresarial de Portugal (CIP), ocasião em que foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica CNC-CIP. O documento foi assinado por José Tadros, em nome da CNC, e, pela CIP, o presidente Antônio Saraiva. Segundo a economista Ízis Janote, o acordo tem o objetivo de aproximar as duas entidades, visando a troca de informações, experiências, suporte estatístico e apoio mútuo na recepção de delegações de empresários portugueses e pra que possam ser levados outros empresários interessados em fazer negócio com Portugal. “Uma tentativa de aproximar os tomadores de decisão do setor terciário”, resumiu.

Logo depois, a missão brasileira esteve na Confederação de Comércio e de Serviços de Portugal (CCP), na qual firmou-se também um acordo de cooperação, com o mesmo teor. Novamente o vice-presidente Tadros representou a CNC e João Vieira Lopes, presidente da CCP, representou a entidade portuguesa.