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CNC revisa de -3,8% para -3,6% desempenho dos serviços em 2017

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O volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,3% em junho, na comparação com maio, descontados os efeitos sazonais, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada hoje (16/08) pelo IBGE. Esse foi o terceiro aumento consecutivo da receita real do setor nas comparações mensais e o quinto do ano.

Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o crescimento mensal se deu predominantemente em razão do comportamento dos preços, que registraram queda já em abril, e agora, em junho (-0,3%) tiveram a maior deflação mensal desde março de 2016. “Apesar das condições de consumo mais favoráveis nos últimos meses, com inflação e juros mais baixos do que em 2016, a recuperação da confiança, necessária aos investimentos, permanece incerta”, afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.

Na comparação anual, houve queda de 3,0% em relação a junho de 2016, o que significa que a receita real do setor acumula 27 quedas consecutivas nessa base comparativa. Os destaques negativos ficaram com os serviços audiovisuais, de edição e de agências de notícias (-15,3%) e com os serviços técnico-profissionais (-14,5%) como engenharia, contabilidade e jurídicos. Entre os destaques positivos estão os serviços prestados às famílias, puxados pelo avanço de 5,5% do grupo alojamento e alimentação, que registrou em junho (+4,1%) seu melhor desempenho desde fevereiro de 2012.

No primeiro semestre de 2017 as atividades de serviços tiveram variação de -4,1% em relação ao mesmo período de 2016. O que demonstra que o ritmo de queda nas receitas dos serviços permanece próximo ao verificado em 2016 (-5,0%), pior ano do setor desde o início da série histórica da PMS, em 2012. “A expectativa é que o segundo semestre de 2017 seja melhor que o de 2016, mais isso não evitará que o volume de receitas do setor recue pelo terceiro ano consecutivo”, afirma Fabio Bentes. A previsão da CNC quanto à variação do volume de receitas dos serviços foi revisada de -3,8% para -3,6%.

Clique aqui para acessar a Nota Completa da Divisão Econômica da CNC.