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CNC: intenção de consumo tem queda de 1,7% em janeiro na comparação anual

Custo elevado do crédito, desemprego e queda da renda ainda retém resultados melhores da pesquisa

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 76,2 pontos em janeiro de 2017, em uma escala de 0 a 200. Abaixo dos 100 pontos, o resultado ainda indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes e, embora tenha se mantido estável na comparação mensal, apresenta uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para a entidade, os indicadores de confiança estão registrando avanços, mas essa melhora ainda não foi efetivamente transformada em vendas, sobretudo devido ao custo elevado do crédito, ao desemprego e à queda da renda.

Emprego

Único componente acima da zona de indiferença, Emprego Atual atingiu 105,6 pontos. Embora tenha caído 1% ante dezembro de 2016, subiu 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,3%.

Consumo

Dois componentes relevantes ligados ao consumo, o Nível de Consumo Atual e o Momento para Duráveis, apresentam a menor pontuação do mês, com 52,5 pontos cada, numa escala de 0 a 200. Já o item Nível de Consumo Atual teve aumento de 1,7% em relação ao mês anterior e queda de 5% na comparação com janeiro de 2016. A maior parte das famílias, 61%, declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. Já o item Momento para Duráveis cresceu respectivamente 3,2% e 8,4%, nas variações mensal e anual. Do total das famílias, 70,6% consideram o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis. O terceiro componente, Compra a Prazo, ficou com 66,8 pontos – uma redução de 0,8% na comparação mensal e 11,9% na anual.

“A queda do número de trabalhadores com carteira assinada, a menor massa de rendimento e a alta taxa de juros contribuem para o recuo na venda de itens não essenciais como bens duráveis e semiduráveis. O consumidor está cauteloso, evitando criar dívidas”, afirma a assessora econômica da Confederação, Juliana Serapio.

Expectativas

Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, houve redução de 0,6% em relação a dezembro de 2016. Na comparação com o mesmo período do ano passado, também ocorreu um declínio de 0,4%. O índice registrou 99,9 pontos, o segundo melhor desempenho do mês. Apesar do resultado, quase metade das famílias (45,1%) considera negativo o cenário para os próximos seis meses. Com 66,6 pontos, a Perspectiva de Consumo cresceu tanto na comparação mensal (0,7%) como na anual (7,3%).

Clique aqui para acessar a análise completa.