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Intenção de consumo atinge mínima histórica com queda de 5,5% em abril

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu a mínima histórica em abril, com 73,2 pontos, numa escala de 0 a 200 pontos.

O índice apresentou queda mensal de 5,5% e recuo de 28,8% em comparação com abril do ano passado. Todos os componentes da pesquisa sofreram variação negativa.

“A reversão desse cenário está diretamente associada a um quadro político e econômico mais estável”, afirma Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC, destacando que a deterioração do índice é reflexo do elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego.

Na base de comparação mensal, os dados regionais revelaram que a maior retração ocorreu na região Norte (-11,2%). Já a região Sul foi a que apresentou a avaliação menos desfavorável, com redução de 3,3%.

Consumo

Os componentes ligados às compras foram os que apresentaram as maiores quedas, com destaque para o consumo de bens duráveis, que registrou recuo de 10,1% na comparação mensal e de 43,6% em relação a abril de 2015. A maior parte das famílias, 74,8%, considera o momento atual desfavorável para aquisição desse tipo de bem. O índice ficou em 44,5 pontos.

Com 49 pontos, o Nível de Consumo Atual teve uma queda de 8% em relação a março e de 38,3% na comparação anual. A maior parte das famílias, 62,6%, declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. Já o componente Compra a Prazo caiu 3,8% na comparação mensal e 34,5% em relação a abril de 2015.

A previsão da Divisão Econômica da CNC é que, em 2016, o volume de vendas do varejo apresente retração de 4,5% no conceito restrito e de 8,8% no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção.

Emprego

Os indicadores relacionados ao emprego foram os que tiveram menor queda. Porém, assim como os demais componentes da ICF, todos estão na mínima histórica. Emprego Atual foi o subíndice que apresentou o menor recuo, com retração de 2,7% em relação a março e de 15,7% na comparação anual. O percentual de famílias que se sente mais segura em relação ao emprego é de 30,1%. Apesar da redução contínua do componente, este é o único que ainda permanece acima da zona de indiferença, com 102,8 pontos.

O subíndice Perspectiva Profissional caiu 6% em relação a março. Já na comparação com abril de 2015, o recuo foi de 15,9%. Dentre 18 mil entrevistados, 47,1% consideram negativo o cenário para os próximos seis meses.

Clique aqui para acessar a análise completa, os gráficos e a série histórica da CNC.