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Superintendente da Caixa fala a empresários

Jorge Pedro de Lima Filho anunciou várias medidas de apoio aos varejistas de material de construção

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O superintendente Nacional da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Pedro de Lima Filho, anunciou, nesta quinta-feira (03/09), várias medidas de apoio aos varejistas de material de construção. Em palestra aos membros da Câmara Brasileira de Materiais de Construção (CBMC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, ele anunciou novidades para o Construcard, que será modernizado, a possibilidade de financiamento de compra de material para condomínios e a reavaliação das taxas de juros.

O Construcard, um instrumento de financiamento de material de construção de enorme relevância para os lojistas, é um produto antigo e, de acordo com Lima Filho, precisava de ajustes para melhorar sua tecnologia. “Uma das coisas que mais nos preocupava era a segurança da operação. Assim, estão sendo implantados vários mecanismos que darão mais segurança à Caixa e aos usuários”, informou.

O principal deles é a implantação do cartão com chip, “que nos dará a garantia de estar trabalhando com algo realmente seguro”. O trabalho está em sua primeira fase, num projeto piloto para avaliação de tudo que envolve sua adoção. Segundo o superintendente da CEF, a implantação nacional deverá ocorrer até o quarto trimestre, mais provavelmente no final de outubro.

O anúncio foi elogiado pelos integrantes da CBMC. O coordenador Cláudio Elias Conz destacou que a novidade também é fruto de iniciativa da Câmara, “que desde sua reunião inicial tem feito questão de convidar a CEF pra discutir temas relevantes para o setor. O Construcard é fundamental para o segmento e as medidas da Caixa refletem sua preocupação com a qualidade do produto.” Ele elogiou a decisão da Caixa de levar ao ar nas principais redes de TV uma campanha incentivando o consumo de material de construção por meio do Construcard.

O coordenador falou ainda sobre a disposição da Superintendência Nacional de avaliar a possibilidade de financiar material de construção a condomínios, uma carteira inexistente hoje no portfólio da instituição. “Mostramos ao Jorge Lima que esse pode ser uma boa área a ser explorada. Ele ouviu na reunião experiências muito ricas das lojas, com seus executivos informando que as vendas para condomínios são o setor do varejo com menor inadimplência.”

Com o apoio da CNC, segundo Conz, a Câmara vai criar um grupo de trabalho para dar suporte à iniciativa. “O sentido é dar uma contribuição mais efetiva. Plantamos hoje mais uma semente da qual esperamos ver o fruto muito em breve. Temos que continuar construindo soluções que sejam benéficas para o mercado e que, em síntese, também beneficiará o consumidor final”, afirmou.

Finalmente, a pedido dos empresários, o superintendente da Caixa falou sobre a questão das taxas de juros, diante da decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central de manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 14,25%, interrompendo o ciclo de alta iniciado há mais de dois anos. Ele não quis fazer prognósticos conclusivos. “Nós estamos acompanhando, mas não há indicações ainda sobre qual será o comportamento que adotaremos para o mercado.”

Frente Parlamentar

Ainda na reunião, o executivo Fernando Câmara, da União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), falou sobre o trabalho da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo, integrada por 250 deputados, 21 senadores e sete organizações de defesa da livre iniciativa. O objetivo, segundo ele, é elencar e focar no trabalho de defesa das propostas de interesse, “saindo da posição reativa e partindo para a proatividade”.

O secretário-geral da CNC, Marcos Arzua, elogiou o trabalho da Frente Parlamentar, destacando que a intenção de convidá-lo para falar na Câmara de Material de Construção “foi, a partir da convergência de agendas, trocar experiências para a defesa de interesses”. O coordenador Cláudio Conz concordou: “Não adianta ficarmos apenas reclamando de medidas governamentais que trazem problemas para o setor, temos que sair à frente, propor ações, tomar iniciativas”.

Arzua lembrou que várias áreas da CNC já exercem essa função proativa. Citou o trabalho da Assessoria junto ao Poder Legislativo (Apel), da Assessoria de Gestão das Representações (AGR) e da Assessoria junto ao Poder Executivo (Apex).

No encerramento da reunião, Patricia Amaral Okumura, assessora de Marketing e Relações Institucionais da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, fez uma apresentação sobre métodos para implantação de sistemas de rastreabilidade. O objetivo é melhorar a eficiência, segurança e sustentabilidade das empresas.

Cláudio Conz explicou que Governo Federal estuda pôr em prática uma legislação sobre rastreabilidade que é danosa para os interesses do comércio. A ideia de trazer a Patrícia Okumura foi mostrar aos empresários o que há de tecnologia disponível. “Além disso, mostrar o que a CNC está fazendo e indicar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que é possível construir juntos algo que contemple as necessidades do Governo e não crie problemas para o comércio.”

Patricia falou sobre as principais ações da GS1 Brasil no setor de material de construção. Entre eles, citou os projetos pilotos de Automação do Recebimento em duas grandes cadeias de lojas do setor e a assessoria às Industrias e revendas lojistas na correta aplicação dos Padrões GS1.