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Cresce o número de famílias com dívidas em fevereiro de 2015

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que em fevereiro o percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros alcançou 57,8% em fevereiro de 2015, o que representa uma alta em relação aos 57,5% observados em janeiro de 2015, mas uma queda em relação aos 62,7% de fevereiro de 2014.

Apesar da alta do percentual de famílias endividadas, o índice de famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu na comparação mensal – de 17,8% para 17,5% do total. Também houve queda no percentual de famílias inadimplentes em relação a fevereiro de 2014, quando esse indicador alcançou 19,7% do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável na comparação mensal, aumentando, contudo, em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 6,4% em fevereiro de 2015, ante 5,9% em fevereiro de 2014.

“Fatores sazonais relacionados ao maior comprometimento de renda das famílias com gastos extras de início de ano ajudam a explicar essa alta mensal. Na comparação anual, entretanto, manteve-se a tendência de queda. A maior cautela do consumidor em relação ao consumo, além das taxas de juros mais elevadas, levou à redução não apenas do endividamento, mas também dos indicadores de inadimplência”, explica Marianne Hanson, economista da CNC. Segundo ela, a diminuição do número de famílias com contas ou dívidas, tanto na comparação mensal quanto em relação ao mesmo período do ano anterior, reflete a moderação do crescimento do crédito para as famí lias e o perfil mais favorável de endividamento, concentrando-se em modalidades de risco mais baixo e prazos mais longos, o que melhorou a percepção das famílias em relação ao seu endividamento e manteve a inadimplência em patamares baixos.

O estudo ainda mostra que houve melhora também na percepção das famílias em relação ao seu endividamento, com recuo na proporção daquelas que se declararam muito endividadas, que alcançou, este mês, o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.