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Mercado de trabalho fraco e crédito prejudicaram varejo em 2014

Ainda assim, CNC projeta +1,7% para este ano

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As vendas do varejo encerraram 2014 com alta de 2,2%, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE (PMC) – pior resultado anual desde 2003 (-3,7%). Destacaram-se positivamente as atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,0%) e artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%). 

Para a Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado fraco das vendas em 2014 – o pior em 11 anos – adveio do encarecimento do crédito ao longo do ano e do reajuste dos preços administrados a partir do quarto trimestre, uma vez que os preços no varejo cresceram menos em 2014 (+6,1%) do que no ano anterior (+7,3%). Alguns segmentos, como o de informática e comunicação, registraram queda nas vendas (-1,7%), apesar da deflação (-2,3%) registrada ao longo do ano passado.  

Para 2015 a expectativa da Confederação é que o volume de vendas feche o ano com avanço de 1,7%, mantendo, portanto, a trajetória de desaceleração ante o ano anterior. “Apesar do ritmo menos intenso da inflação dos bens comercializáveis, a maior pressão oriunda dos reajustes nos preços administrados e a tendência de encarecimento do crédito ao consumidor ao longo de 2015 impedirão a recuperação das vendas ao longo do ano”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC.