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Confiança do comércio tem pior ano em 2014

Icec registrou queda mensal de 1,6%, com ajuste sazonal

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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou queda mensal de 1,6%, com ajuste sazonal. No comparativo anual, a retração de 11,1% foi a segunda maior do ano, afastando, pelo menos no curto prazo, a percepção de retomada no nível de atividade no comércio. Aos 111,5 pontos, restando menos de dois meses para o final do ano, o resultado de outubro consolidou 2014 como o ano de menor confiança por parte dos empresários do comércio desde a criação do índice, em 2011. “A confiança dos empresários do comércio é bastante sensível ao desempenho das vendas e 2014 deverá registrar o menor crescimento de vendas dos últimos 11 anos” afirma o economista da CNC, Fabio Bentes. 

Segundo Bentes, a evolução das variáveis que influenciam vendas e, consequentemente, a confiança dos empresários do setor ainda não deram sinais de recuperação. “Os últimos dados do mercado de trabalho ainda apresentam desaceleração e a recente elevação da taxa básica de juros não deverá estimular o consumo das famílias por meio da expansão do crédito. Nesse cenário, o varejo deverá continuar a registrar crescimento ainda tímido”, afirma Bentes.  

O subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio apresentou queda de 2,6% e foi a principal causa do resultado mensal negativo, influenciado, particularmente, pelo menor otimismo em relação ao desempenho da economia brasileira. Entre os investimentos do setor, sobressai a menor intenção de aquisição de estoques, decorrente da desaceleração pela qual vem passando a atividade comercial nos últimos 12 meses. “Para 71,8% dos empresários do setor as condições econômicas atuais estão piores que há um ano”, revela o economista da CNC.