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Relação crédito/PIB deverá alcançar 58,4% em dezembro

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A média diária de concessão de recursos destinados às pessoas físicas teve alta de 7,6% em setembro, ante o mesmo mês de 2013. É o que mostra o  relatório de operações de crédito do Banco Central do Brasil, divulgado hoje (30). Esse comportamento foi devido, principalmente, ao avanço de 11,0% nas operações do cartão de crédito. Feitos os ajustes sazonais, houve queda de 4,2%, com destaque para o cartão de crédito (-6,9%). A taxa média de juros ao consumidor (42,8% ao ano) variou 5,5 pontos percentuais em relação àquela observada em setembro do ano passado.

Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a relação crédito/PIB deverá ser de 58,4% no próximo mês de dezembro – 4,5 pontos percentuais acima do nível observado em dezembro de 2013. Já o crédito ao consumidor deverá registrar, ao término de 2014, um crescimento real de 4,7% sobre o ano passado (contra +4,8% na previsão anterior), com taxas de juros ao tomador atingindo 42,6% ao ano. As projeções da CNC consideram as atuais previsões para a evolução do PIB em 2014 (+0,3%) e para a taxa básica de juros ao final do ano (11,00% ao ano).

Fabio Bentes, economista da Confederação, destaca que o menor ritmo de expansão do mercado de trabalho nos últimos meses vem impondo um teto à capacidade de as famílias brasileiras assumirem novos endividamentos. Um empréstimo de mil reais tomado nas condições atuais de prazo e juros médios gera uma prestação mensal de R$ 39,70. Em setembro de 2013 esse valor correspondia a R$ 37,13, apresentando avanço real de 0,4%. “A parcela dos recursos destinados às pessoas físicas vem crescendo em ritmo compatível com a expansão da massa de recursos obtidos no mercado de trabalho formal desde o final do primeiro semestre, evitando, assim, o avanço da inadimplência entre os consumidores”, afirma Bentes.