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Descontada a inflação, serviços completam seis meses de queda na receita real

Receita do setor de serviços teria acusado variação real de -3,9% em agosto

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Em agosto, a receita bruta de serviços cresceu 0,1% na comparação com o mês de julho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados hoje (22) pelo IBGE. Em relação ao mesmo mês de 2013, houve expansão de 4,5%, o que representou uma ligeira desaceleração ante a variação anual ocorrida em julho (+4,6%). Com a perda de ritmo no comparativo anual, os serviços acumulam alta nominal de 6,7% nos oito primeiros meses deste ano, crescendo, portanto, a chance de que o segmento apure seu pior resultado ao final de 2014. Nos dois últimos anos a receita do setor cresceu 10,0% e 8,5%, respectivamente.

Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), afirma que a série divulgada pelo IBGE teve início em janeiro de 2012 e ainda não conta com um deflator próprio nem com ajustes sazonais. “Os serviços de educação, saúde e financeiros não são pesquisados. Ainda assim, os demais subsetores respondem por 36,5% de todo o valor adicionado bruto gerado pela economia e por 34,6% do pessoal ocupado no País. Valendo-se da variação dos preços dos serviços do IPCA referente aos últimos 12 meses – de +8,4% – como deflator da PMS, a receita do setor de serviços teria acusado variação real de -3,9% no período, seu pior resultado no comparativo anual real”, afirma Bentes.