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Acesso ao turismo é um direito social

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O turismo é um direito das pessoas, já que pressupõe a livre circulação; e é preciso garantir o acesso de todos a essa atividade, que promove o bem-estar, a saúde física e mental dos indivíduos e a integração social. Essa foi uma das conclusões do debate que abriu as atividades nesta sexta-feira (10), segundo dia do Congresso Mundial de Turismo Social, evento realizado em São Paulo pela Organização Internacional de Turismo Social (Oits) em parceira com o Sesc.

Para Anya Diekmann, pesquisadora da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, e integrante da Aliança de Formação e Pesquisa em Turismo Social e Solidário da Oits, o turismo social, em primeiro lugar, refere-se a seres humanos que se beneficiam das viagens, e não a um sistema econômico. “Não é para dar dinheiro às agências de viagens ou a outros setores que falamos desse direito. A ênfase é em um direito social ou de cidadania, e não a sustentação de um sistema comercial”, afirma Anya. Ela explica, ainda, que o turismo social é doméstico e que parte das entidades, pelo menos na Europa, que trabalham com esse segmento são sem fins comerciais ou são governamentais.

Anya destacou que mesmo na Europa o turismo ainda não é uma realidade para todas as pessoas. Segundo ela, algo entre 30% a 40% da população ainda não tem acesso às viagens por diversas razões, desde dificuldades financeiras até as de mobilidade, entre outras. “O turismo social é uma faceta importante da atividade, ligada ao bem-estar social e à qualidade de vida. E preciso incentivar os países a financiar ou garantir esse financiamento ao Turismo Social”, concluiu a pesquisadora belga.