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Ernane Galvêas: hora de retomar o equilíbrio

Próximo governo pode sanear contas, investir em infra e conciliar políticas fiscal e monetária

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A partir de 2015, o momento será mais que opotuno para a promoção de mudanças indispensáveis. A opinião é de Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda e consultor Econômico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para Galvêas o cenário a economia está inserida em um ambiente de incerteza e falta de confiança, com exaustão do modelo macroeconômico da prioridade do consumismo e da excessiva intervenção do Estado, seja na inflação ou na política de crédito. 

“É chegada a hora de retomar o equilíbrio fiscal, extinguir malabarismos contábeis e promover o saneamento das contas públicas, visando à redução dos gastos de custeio e a promoção dos investimentos nos setores essenciais da infraestrutura”, afirma o ex-ministro. Ainda no campo econômico, Ernane Galvêas aponta que se impõe a fixação de limites rígidos para a carga tributária e para a dívida pública, de modo a conciliar o exercício das políticas fiscal e monetária, viabilizando crescimento econômico com estabilidade monetária e nível de emprego elevado. 

Para Galvêas, é importante integrar a ação efetiva do Banco Central à política econômica, evitando-se a prática de uma dupla política monetária, como ocorre atualmente.

“Pelo visto, a partir de 2015 já não mais será possível promover qualquer ajuste fiscal via aumento de carga tributária, tornando-se inadiável iniciar um programa de cortes de gastos”, contextualiza.

Política

Quanto ao quadro político, duas reformas do sistema atual se apresentam como fundamentais para o ministro Ernane Galvêas: primeira, a redução do número de partidos políticos, através da aprovação de uma cláusula de “barreira”; segunda, a revogação da lei que permitiu a reeleição dos cargos executivos da Presidência da República, governos estaduais e municipais, mantendo-se no exercício de suas atividades.