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CNC: serviços devem fechar 2014 no vermelho

Apesar do crescimento em julho, setor passa pelo pior momento desde 2012

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A receita dos serviços cresceu 4,6% em julho de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, 16 de setembro. Esse resultado é a menor taxa de crescimento desde o início da pesquisa, representando uma desaceleração em relação à variação anual observada em junho (+5,7%). “Em termos reais, o setor está passando pelo período mais difícil desde 2012 e, provavelmente, vai encerrar o ano no vermelho”, afirmou o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fabio Bentes. 

No entanto, houve crescimento de 1,9% na comparação mensal – uma inversão do quadro de queda de 1,1% registrada em junho. Nessa base comparativa, os destaques positivos foram os serviços variados de manutenção, reparação e apoio à agropecuária (+8,3%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (+7,0%). 

Por outro lado, a oscilação da receita dos serviços de informação e comunicação (+2,1%) – segmento de maior peso na PMS – impediu uma alta mais expressiva do setor terciário. Os transportes e os serviços prestados às famílias registraram variações de +4,6% e +5,4%, respectivamente. 

Centro-Oeste é a região com o maior crescimento, tanto na base comparativa mensal (+11,9%) quanto na anual (+15,8%). “A região Centro-Oeste tem se destacado porque, naquela região, o agronegócio tem um peso mais relevante, e esse setor tem sustentado o nível de atividade local. Isso se repete, também, na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), no emprego e na renda”, completou Fabio Bentes.