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Gestão compartilhada pode impulsionar turismo

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O Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) recebeu o presidente da Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado do Rio de Janeiro (FC&VB-RJ), Marcos Navega  e o coordenador de Treinamento e Ações Institucionais da FC&VB-RJ, Eduardo Jorge Mielke, que apresentaram uma proposta da Federação para a gestão do turismo nos Municípios. A reunião foi realizada na última quarta-feira, 3 de setembro, no Rio de Janeiro.

O presidente da FC&VB-RJ explicou que, por meio de parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) esta sendo elaborado um modelo para o funcionamento do chamado Sistema Municipal Turístico (Simtur), uma proposta que nasceu no C&VB de Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, que começa a ser implementado em Macaé (RJ), e deve ser desenvolvida em outros C&VBx do País.

Gestão compartilhada do turismo nos Municípios

Mielke, que foi subsecretário de Turismo de Teresópolis, onde implementou o Sistema Municipal Turístico (Simtur) de gestão compartilhada, explica que o sistema é formado pela Secretaria Municipal de Turismo, pelo Conselho Municipal de Turismo e pelo C&VB. Cada órgão cumpre um papel para o funcionamento do Simtur. Cabe ao Conselho Municipal estabelecer e monitorar as estratégias e diretrizes do planejamento turístico do Município. O Conselho também será responsável por elaborar a agenda legislativa do setor, apresentando e defendendo propostas na Câmara de Vereadores. A Secretaria é responsável pelo diálogo com as demais instâncias municipais, com o Estado e com a Federação e por fomentar e mediar a geração de negócios turísticos.

Já o C&VB apresenta a cidade aos organizadores de eventos e feiras de turismo, acolhe o investidor e gerencia a execução do calendário temático. Por reunir diversos segmentos da cadeia produtiva do turismo, o C&VB é a instituição que mais tem a ver com a metodologia de trabalho proposta com o Simtur. Segundo ele, o Simtur leva em consideração a necessidade de continuidade na política pública e no planejamento das ações de turismo no Município. Por isso a importância da gestão compartilhada, e não apenas do poder público. E pode, inclusive, gerir o Fundo Municipal de Turismo, que fica apto a receber recursos públicos e privados, de forma independente da Prefeitura. “É preciso que a Câmara de Vereadores de cada cidade aprove esse modelo de trabalho com parceria público-privada”, esclarece Mielke.

FC&VB-RJ pede que CNC monitore eventos no País

O coordenador de Treinamento e Ações Institucionais da FC&VB-RJ apresentou dados sobre a o turismo de eventos, em que o Brasil ocupa a 9ª posição no “ranking mundial” da International Congress and Convention Association (ICCA), entidade que monitora os eventos mundiais. Marcos Navega afirmou que não existe no País entidade que faça o controle da quantidade de eventos que são realizados e sugeriu uma participação maior da CNC em iniciativas que possam monitorar esse segmento.

“Considero que a CNC hoje é a entidade, no sistema patronal e sindical, que melhor representa e discute o turismo nacional, e queremos que a Confederação nos ajude a monitorar e a levantar quantos eventos o País recebe”, afirmou Navega. A sugestão será encaminhada ao presidente do Conselho de Turismo da CNC, Alexandre Sampaio, que não esteve presenta à reunião, conduzida pelo conselheiro Eduardo Jenner de Araújo.