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Com queda do PIB, CNC diminui expectativa de crescimento da economia 

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A economia brasileira recuou -0,59% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, segundo dados dessazonalizados das contas nacionais trimestrais divulgados hoje (29) pelo IBGE. Essa foi a maior retração do PIB desde o primeiro trimestre de 2009 (-1,6%), quando a economia ainda se ressentia dos efeitos negativos da crise financeira internacional desencadeada no final de 2008. A queda de 0,6% coincide com a previsão realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Para o ano, a entidade reduziu de +0,9% para +0,6% a projeção de crescimento do PIB brasileiro. Baixa confiança na atividade econômica e elevação no custo do crédito para consumo e investimentos motivaram a revisão. 

“Ao nível baixo de confiança, soma-se atualmente o encarecimento dos recursos para consumo e investimentos obtidos no mercado de crédito. As taxas de juros cobradas nas operações com recursos livres para as pessoas físicas passaram de 36,2% para 43,2% nos últimos doze meses. No crédito para pessoas jurídicas, houve avanço de 20,0% para 23,1%”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação.  

Comércio e consumo no PIB: Em um trimestre no qual as vendas do comércio tiveram seu pior desempenho desde o início da última crise internacional (-0,6%), o nível de atividade do setor encolheu 2,2%, igualando o desempenho dos três primeiros meses de 2009. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o setor registrou a primeira queda (-2,4%) desde o segundo trimestre de 2009 (-4,2%). Já o consumo final das famílias (+1,2% ante o segundo trimestre de 2013) apresentou desaceleração em relação à taxa verificada no início deste ano (+2,2%). O comércio participa com 10,7% do PIB a custo dos fatores e o consumo das famílias, com 64,2%.