ASSINE
search button

"Marcha contra a violência na Maré" reúne celebs em prol da paz no local 

Cissa Guimarães foi a voz do evento com direito a caixas de som percorrendo a comunidade

Compartilhar

As passeatas não se restringem ao Centro e Zona Sul. Dessa vez, o local protagonista são as ruas da favela da Maré onde a população do Rio de Janeiro se reúne em prol da paz. O movimento contou com a participação de vários famosos como Leticia Colin, Patricia Pillar, Paula Burlamaqui, Carolina Ferraz, Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Mariana Ximenes e Wagner Moura, os artistas plásticos Adriana Varejão e Luiz Zerbini e o fashionista Oskar Metsavaht. 

Todos eles se solidarizaram usando a #outramareepossivel. Cissa Guimarães, inclusive, é a voz da manifestação, pois durante a semana um carro de som percorreu a comunidade na busca de chamar mais moradores para se unir contra a violência. “Atenção moradores! Quarta-feira, dia 24 de maio, à uma hora da tarde, venha participar da marcha contra a violência na Maré. Teremos dois pontos de concentração: Praça do Parque União e Conjunto Esperança, em frente a Associação de Moradores. Gente, basta de violência. Outra Maré é possível. Contamos com vocês, todos juntos contra a violência”, disse a atriz através das caixas de som.

Intitulado de ‘Marcha contra a violência na Maré’, o evento foi organizado pelo Fórum Basta de Violência que une ONGs e outras instituições da região. Assim como artistas, empresários, políticos e estudantes também confirmaram presença. Durante a caminhada várias ações artisticas foram mostradas. A atriz e artista plástica Maria Luisa Mendonça, que tem um ateliê na Zona Sul do Rio, ajudou a produzir peças para uma coreografia com cartazes que foi preparada especialmente para este momento.

A comunidade fica na Zona Norte do Rio de Janeiro e já reúne cento e quarenta mil moradores. Na verdade, a Maré é um complexo formado por dezesseis favelas que são comandados por três diferentes grupos armados. Apenas este ano, já foram registradas treze mortes, sendo que o total do ano passado foi resumido a trinta e três.

Segundo o ‘O Globo’, a diretora da ONG Redes da Maré e doutora em Serviço Social pela PUC-Rio, Eliana Sousa Silva, vê a iniciativa como uma oportunidade de mostrar que a galera do asfalto e da favela podem se unir para lutar por um bem comum, traçando maneiras de combater a violência.