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Aqui e agora, o que rolou na festa de "Pega Pega", próxima novela da Globo

Elenco da nova novela das 7 da Globo se reuniu no hotel fictício da trama para o evento

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Por fora e por dentro, o Carioca Palace Hotel está todo iluminado. Foi essa a imagem que a coluna teve assim que pisou na cidade cenográfica dos Estúdios Globo, no dia do lançamento da nova novela das 7. 

Lustres enormes e imponentes, uma piscina digna de capa de revista e talheres finos compõe a atmosfera do ambiente que irá protagonizar ‘Pega Pega’. Os artistas vestiram a camisa dos personagens, literalmente, para ilustrar a trama que junta os gêneros comédia, policial e romance em um mesmo corpo. Apesar disso, a trama não tem um núcleo dramático e de comédia fixo. “Usando a chave do humor, o público se identifica mais com a história. A novela é calcada na realidade”, comenta, por exemplo, Marcos Caruso. 

A coluna te leva agora nessa visita para conhecer os personagens que convivem no hotel fictício mais chique da praia de Copacabana que foi inspirado no famoso Copacabana Palace. A trama é dividida entre os bairros do Rio de Janeiro, Tijuca e, claro, Copa.

om cenas dignas de filmes de Hollywood, a narrativa se estabelece na tentativa de encontrar os ladrões que levaram o dinheiro da compra do estabelecimento. Durante a festa de aniversário da neta, o dono do local iria receber o dinheiro que, no entanto, é roubado pelos seus próprios empregados. Sem suspeitar de nada, a investigação começa acusando, primeiramente, o próprio comprador. Simultaneamente, a antiga família que gerenciava o local se vê na falência e precisa recomeçar, mesmo sem nunca ter enfrentado momentos de dificuldade. 

Um dos pontos mais importantes da novela é a quantidade de efeitos especiais. Em frente ao hotel, há um painel gigante que, durante as cenas, irá retratar a praia atrás. Além disso, um dos personagens mais enigmáticos é uma live action, ou seja, um holograma. O contexto dessa ilusão, é uma boneca que uma personagem acredita ser verdade, a vê como uma amiga real que se relaciona. “Cada um dos atores foi escolhido com carinho, entre eles Marcos Caruso, Mateus Solano, Thiago Guimarães, Camila Queiroz, Vanessa Giácomo, Mariana Santos e Nanda Costa. A gente fala sobre as escolhas e as suas consequências”, afirma o diretor artístico, Luiz Henrique Rios.

Tudo começa com o dono do hotel, Pedrinho Guimarães que, por não saber gerenciar o hotel, decide vende-lo. O personagem de Marcos Caruso sempre foi muito rico e, acostumado ao luxo, acredita que merece tomar um champanhe de tarde, mesmo depois de ficar pobre. Apesar disso, ele nunca perde a pose. Com o roubo, ele perde quarenta milhões de dólares. 

“Eu não sei o que faria com tanto dinheiro. Acho que separaria dez por cento ee daria o resto”, conta Caruso. Mesmo tendo nascido em berço de ouro, Pedrinho é uma pessoa simpática que conquista a todos, principalmente, as mulheres já que namora três, ao mesmo tempo. Ele acha que o comprador do hotel lhe deu um golpe e nunca desconfia dos empregados. “No início, eu e o personagem do Mateus Solano temos uma relação boa porque ele é filho de um amigo do meu, na trama. Mas sei um segredo dele que me deixa sempre com um pé atrás. Apesar de ainda não termos brigado muito em cena, partir do capítulo trinta, os dois vão começar se desentender muito”, alerta o ator.

Apesar das desconfianças que culminarão na prisão de Eric, personagem de Mateus Solano, ele é um rapaz íntegro, gentil e muito rico. Uma das maiores dificuldades da sua vida é a relação conturbada com a filha, Bebeth, interpretada por Valentina Herszage. “Eles não têm nenhuma semelhança com a amizade que eu tenho com os meus filhos. Gosto do caminho que estou trilhando na educação deles. Me sinto realizado como pai”, afirma Solano. A verdade é que os desentendimentos acontecem porque o personagem resolveu se afastar de tudo e focar no trabalho depois de um passado misterioso que envolve o falecimento da mulher. O pai não soube entender a fragilidade emocional que a garota estava sentindo e se tornou um homem de negócios ambicioso. 

“Eric trabalha com compra e venda de empresas. Inclusive, na minha opinião, faz isso com a própria vida, ou seja, as coisas são descartáveis para ele, porque logo podem ser substituídas. Mas isso dura muito pouco na trama porque, logo no primeiro capítulo, conhece Luiza que, talvez, tenha entrado na vida dele para fazer com que as coisas durassem”, sugere o ator. Dessa forma o relacionamento com a garota irá transformá-lo em uma pessoa melhor.

A mulher que vai roubar o coração do empresário é Luiza, personagem de Camila Queiroz,  uma carioca de 24 anos que fala seis línguas e está terminando a terceira faculdade. A menina é neta do Pedrinho Guimarães e, por sempre ter vivido no luxo, nunca precisou trabalhar na vida, era tratada como princesa no Carioca Palace Hotel pelo avô, já que os pais faleceram quando era pequena. Cresceu com, pelo menos, vinte pessoas a servindo por dia e não tem noção de como são os serviços manuais. No entanto, depois do roubo, ela precisa aprender a se virar sozinha. “Mas isso não a faz uma menina patricinha e idiota. Ela é simples, veste roupas normais. Não liga para joias e muitas roupas no guarda-roupa. O que mais queria, antes de acontecer o roubo, é reformar o hotel para ajudar o avô”, informa Camila Queiroz que interpreta a moça.

O grande roubo do hotel, que causou esta reviravolta na vida de Luiza, foi orquestrado pelo frio e calculista Malagueta. Desde o momento que descobre sobre a venda do hotel, o personagem de Marcelo Serrado já considera roubar o dinheiro. Ele considera as pessoas que topariam ou por falta de caráter ou por necessidade, as manipula e faz o seu plano acontecer. O rapaz busca por uma aprovação pessoal já que o pai foi preso e ele pretende mostrar que será melhor que isso, pois ninguém nunca descobrirá sua façanha. Malagueta é apaixonado pela personagem da atriz Maria Pia e é funcionário do hotel. “Tivemos um grande apoio do Copacabana Palace, ficamos alguns dias lá tendo aulas com as pessoas que trabalham. Todos nós fizemos pesquisas lá, tentando entender como é o dia-a-dia dessas pessoas”, conta.

Milton Gonçalves também foi ao Copacabana ter aulas. Ele interpreta o Cristóvão, um homem amargurado que perdeu o filho pequeno por estar bêbado no bar. “Fico imaginando a dor de perder um filho, porque eu tenho três. Me espelho muito nisso. Agora, sou viúvo, minha mulher foi uma companheira maravilhosa e ela foi embora”, lamenta o ator. Ao seu lado, Rodrigo Fagundes, que também faz um funcionário do hotel afirma que o seu personagem mostra uma solidariedade muito grande que é preciso ter no trabalho. “Fiquei muito feliz com o meu papel, porque a novela fala sobre ética, as atitudes e suas consequências. A gente tem direito de fazer tudo nessa vida, mas isso tem um preço”, afirma.

Quem tem os princípios éticos questionados é o Júlio, personagem do Thiago Martins, cujo par romântico é a detetive Antonia Julia, interpretada por Vanessa Giácomo. “O Júlio é um personagem muito complexo que estou amando fazer, porque fala muito do povo brasileiro. De pessoas humildes que vieram de baixo e, muitas vezes, preferem continuar na vida pacata”, acredita o ator. O rapaz é humilde, trabalha no Carioca Palace e, com o seu salário, sustenta a casa onde moram as duas tias, mas se envolve no roubo porque a situação financeira piorou.

O rapaz foi criado pelas duas tias Elza e Prazeres. A primeira é a mais velha e administra o dinheiro que o sobrinho lhe passa. Mesmo economizando, a situação é complicada. Ela é uma mulher do lar, muito divertida que mora em uma vila na Tijuca e se preocupa com a vida das outras pessoas. Interpretada por Nicette Bruno, que mesmo com tantos anos de carreira, a atriz continua apaixonada pela profissão. “Trabalho é a minha fonte da juventude. O melhor personagem é aquele que virá”, afirma. A mais nova e, na trama, a irmã do meio, Cristina Pereira faz uma senhora muito fofoqueira que se comporta como uma menina de dezesseis anos. “É uma personagem muito interessante porque tem um lado meio lúdico, um pouco Almodóvar e Fellini. Tudo para ela é muito exagerado, é uma pessoa fora da casinha”, brinca a atriz. Uma das revelações importantes será o momento em que as tias descobrem que o sobrinho cometeu o roubo, porque sempre acreditam no caráter dele.

Para investigar essa confusão toda, está o delegado Domenico. Ele, assim como Julio, também é apaixonado pela Antônia, mas tem uma relação de amizade muito forte com ela. Os dois trabalham juntos e, por ele estar a muito tempo na polícia, não se indigna com as mazelas da profissão. “Eu já fiz Tropa de Elite, então sabia algo sobre armas. Mas a rotina de um policial civil é diferente. Queremos mostrar o lado bom desses funcionários, porque vivemos desacreditados na profissão. É um serviço complicado e vamos mostrar que são pessoas comuns que namoram, conversam e falam besteiras no trabalho”, conta o ator Marcos Veras que dá vida ao personagem. É um cara experiente e honesto, mas tem um jeitinho brasileiro muito aparente, ele não roubaria os quarenta milhões, mas dois reais, tudo bem.

O debate não vai parar no personagem do Marcos Veras. Márcio Kieling interpreta o Adriano, um homem apaixonado por Sabine que é uma mulher rica e durona. Na trama, ele vai ser o único a conseguir quebrar o coração de pedra dela. Ele é apaixonado por ela e os dois se conhecem desde a infância, mas só agora é que foi retribuído. No entanto, Sabine tem mais de trinta anos que o Adriano. “Temos o exemplo do presidente da França, na qual a esposa também é trinta anos mais velha que ele. Para mim, o amor não tem idade. Isso é um grande tabu da sociedade, porque é normal um relacionamento onde a mulher é mais nova, no entanto, quando é ao contrário as pessoas se chocam. Acho bom colocar isso na novela para debater sobre o preconceito”, sugere ele referente ao seu par romântico interpretado por Irene Ravache.

Fugindo um pouco do roubo e das confusões que giram em torno do hotel, está Borges. O personagem de Danton Mello gerencia uma companhia de bonecos que desenha, pinta e, mais tarde, participa de algum show de marionetes. “É um artista, sonhador. E viver de arte nesse país é muito difícil. Ele é um cara que batalha, luta pelos seus ideais, pelo teatro. O Borges briga com o filho que quer fazer teatro infantil e, para ele, isto não é arte”, relembra o ator. A vida do personagem se entrelaça com o hotel no momento em que o filho, feito por Jaffar Bambirra, se apaixona pela filha do dono do hotel.

A novela escrita por Claudia Souto estreia dia 6 de junho, no lugar do grande sucesso que foi Rock Story, portanto as expectativas de consolidação de audiência da faixa das 19h estão nas alturas. 

Pela prévia que a coluna viu, a trama tem tudo para emplacar.