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Playback, segurança gato, pegação e amadurecimento: Justin Bieber no Brasil

A coluna fez uma geral da passagem do furacão teen pelo solo tupiniquim

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Justin Bieber é os Beatles dessa geração. Sim, isso mesmo. Pouca gente no mundo teen da poplândia movimentou tantos fãs e por tanto tempo ininterrupto como esse garoto de 23 anos que começou sua carreira há 10 anos, com covers no YouTube. A gente, que já é mais velho e já viu muita coisa nesse universo descartável de construção de ídolos, tem que tirar o chapéu para a força e a consistência com a qual ele se mantém no topo e sem o menor sinal de que vai sair de lá. E se você parar para reparar além da histeria, você vai encontrar qualidade musical – e de performer – no garoto, principalmente se levar em consideração o último álbum, chamado “Purpose”, que também dá o nome da turnê que desembarcou no Brasil nesta quarta-feira, em show para cerca de 30 mil beliebers – e esse repórter que vos escreve – na Praça da Apoteose.

O show estava marcado para às 21h, mas bem antes disso, por volta das 19h, todos os espaços já estavam completamente lotados com os fãs esperando, aos berros, a hora que o ídolo subiria ao palco. Muita gente, aliás, como todo mundo sabe, acampou na porta do sambódromo por seis meses – e o que não foi garantia de pegar o melhor lugar, já que os portões foram abertos antes da hora, pegando a turma da fila acampada de surpresa que teve que correr para juntar as coisas, enquanto quem chegou depois passou na frente. Mas tudo bem, a dianteira do palco era imensa, já que uma passarela prolongava a estrutura até quase o meio da praça da Apoteose, e dava para muita gente se instalar ali, no gargarejo. Sem choros, nem velas, vida que segue.

Às 20h em ponto entrou no palco o desconhecido famoso Rudy Mancuso, um multiinstrumentista filho de brasileira com italiano e radicado em Los Angeles, amigo pessoal de Bieber, e que prima mais pela habilidade com os instrumentos – ele tocou cavaquinho, bateria, teclado e percussão em cima de bases de música como “Baile de Favela”, “Crazy” e até Jorge Ben Jor -, do que pela voz. Ah, e o moço é bonito, tem milhões de seguidores no Instagram e em seu canal no YouTube, o que já garantia a atenção de todo mundo. “Nasci no exterior, mas meu coração é brasileiro”, disse, em português. “Eu dediquei os últimos dois meses a escrever, gravar e ensaiar um show muito elaborado de uma pessoa só”, comentou o artista. A dedicação era nítida, mas ele se sairia melhor se só ficasse tocando e fazendo sua performance que o deixou famoso, já que ele é bem virtuoso.

Trinta e cinco minutos depois – e um setlist enxuto – Rudy deixou o palco aplaudido e, em seguida, o espaço foi invadido pela turma da técnica para ajustar os ultimos detalhes. Mais gritos histéricos e o manjado “Justin eu te amo”. Por ali, via-se muitos pais acompanhando os filhos, alguns bem famosos, como Adriana Esteves, que levou o filho Felipe Ricca, de seu primeiro casamento com Marco Ricca, Bela Gil, com a filha, Flor, e o sobrinho Bento, e Guilherme Fontes com a herdeira Carolina. Mas a grande maioria era formada por adolescentes e jovens – inclusive alguns bem famosos, como Ludmilla e Anitta. As estrelas do pop brasileiro assistiram a tudo da lateral do palco. Cada uma no seu quadrado, cada uma com sua turma, mas se divertindo como todo mundo.

Às 20h59, um minuto antes do previsto, as luzes se acenderam e todo mundo foi transportado para o incrível mundo de Justin Bieber aos acordes da primeira música do setlist, “Mark Me Now“, do mais recente álbum. Justin surgiu içado ao topo da estrutura instalado dentro de um cubo de vidro, quase que como uma metáfora do seu tal universo, onde ele é seguido, observado e vigiado 24horas por dia, como se estivesse, de fato, dentro de uma redoma de vidro aos olhos de todo o mundo. Depois, vieram “Where Are Ü Now”, “Get Used To It”, “I’ll Show You”, um solo de bateria, onde ele mostra que também é um músico para se prestar atenção, uma parte mais intimista, com ele sentado em um sofá no fim da passarela que se extende do palco principal, onde canta, sem playback, ao violão, “Cold Water“e a linda e empoderadora “Love Yourself“.

Nesse momento mais calmo, aliás, quando ligam seu microfone – porque ele não fazia questão de esconder que estava fazendo playback em grande parte da primeira parte do show – , é quando ele se dirige aos fãs pela primeira vez. E não é que todo mundo parou de gritar para ouvir? Nessa turnê, Justin ja tinha reclamado algumas vezes que o público não ouvia o que ele dizia no palco, pois não parava de gritar. Aqui, pelo menos, os beliebers seguiram a cartilha do ídolo e, de fato, ouviram ele dizer – e ele disse várias vezes durante a noite – que ama o Brasil, que estava tendo uma das melhores noites da vida dele e agradeceu, muito, por todo mundo receber ele tão bem por aqui. “Vocês são lindos, tem carisma e eu amo o Brasil”, sentenciou.

Se no começo do show, Bieber se mostrou um tanto quanto ligado no piloto automático, com movimentos e atitude meio robótica, do meio para o fim ele se deixou levar pela onda brasileira, foi se soltando e terminou enrolado em uma bandeira do Brasil, caminhando pelo palco e olhando para todos os cantos da plateia, com um sorriso no rosto sincero e se mostrando feliz de estar naquele palco. E aí, com a conexão feita, não tem como segurar o jovem que não se priva da diversão, como a gente bem sabe.

A noite ainda teve muitos fogos de artifícios – em vários momentos na 1h40 de show -, estruturas que subiam e desciam, elevadores que tiravam ele de uma ponta e levavam a outra, um balé poderoso e até a participação de quatro crianças brasileiras na música “Children“, que ganharam abraços, beijos e atenção especial do ídolo que não é muito afeito a esse contato muito íntimo com seus fãs. É só lembrar que recentemente ele declarou que se sentia um macaco no zoológico quando tinha que tirar foto com seus admiradores. Coisas da juventude…

Ah, e já quase no fim da apresentação, em que se mostra bem mais maduro musicalmente em um show de gente grande, com estrutura e banda de primeira linha, ele reafirma que, mesmo seguindo em frente e navegando por outros mares, não tem vergonha do passado de garoto prodígio e canta, na maior empolgação, seu primeiro hit “Baby“, em uma bonita reverência à sua história. E, para encerrar a noite, nada mais justo do que “Sorry“, seu maior sucesso recente, no qual ele se consolidou, de fato, como um artista que a gente ainda vai ouvir muito falar. Para uma noite que começou morna, o final apoteótico e mais quente do nunca – com direito a chuva para refrescar – foi surprendente.

Setlist

“Mark My Words”, “Where Are Ü Now”, “Get Used To It”, “I’ll Show You”, “The Feeling”, “Boyfriend”, “Cold Water”, “Love Yourself”, “Been You”, “Company”, “No Sense”, “Hold Tight”, “No Pressure”, “As Long As You Love Me”, “Children”, “Let Me Love You”, “Life is Worth Living”, “What Do You Mean?”, “Baby”, “Purpose” e “Sorry”.

PASSADINHA EM IPANEMA

Justin Bieber mal chegou em solo carioca e já garantiu uma passadinha na praia de Ipanema, zona sul do Rio. O cantor desembarcou no aeroporto do Galeão na madrugada de quarta-feira (29), e aproveitou a manhã para curtir a praia. O ídolo popstar passeou pelas ruas, conversou com os fãs e cumprimentou gentilmente quem o abordava. Rolou até um registros do volume do cantor, que usava uma calça vermelha.

SEGURANÇA GATO

Não foi só Justin que tumultuou a orla carioca. Quem também arrancou suspiros na internet foi o segurança do cantor. O moreno que se chama Ricardo Herter, é policial civil, piloto de helicóptero e lutador de jiu-jítsu. Além do fãs, até Anitta elogiou o segurança nas redes sociais.

MUDANÇA NA FILA DO SHOW

A produção do show mudou o local da fila, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, de última hora, e os fãs, que estavam acampados há mais de seis meses, não acreditaram quando tiveram que trocar de lugar. A mudança gerou muita revolta e indignação nas redes sociais.

PLAY BACK

Não é novidade para ninguém que a maioria dos grandes cantores não cantam durante o show, esse também foi o caso de Justin, a estrela pop fez uso de play back em seu último show no Rio, o que gerou muitas críticas do público.

REALIZANDO SONHOS

O cantor recebeu a jovem Kaline em seu camarim, o apoio veio da ONG Make-a-wish, que ajuda as crianças portadoras de alguma doença com risco de vida a realizarem seus sonhos. A jovem que sofre de artrite idiopática juvenil, andou pela primeira vez de avião para ver o ídolo.

AFTER PARTY

Por falar em realização de sonhos, após o show de quarta-feira, o cantor ainda deu o que falar. Ao término da apresentação, o cantor foi prestigiar uma festa feita especialmente para ele na cobertura do Fasano, hotel onde está hospedado em Ipanema.

A festa estava cheia de famosos como Anitta, Gabi Lopes e Juliana Paes. Mas não foram elas que chamaram atenção, Bieber se encantou foi pela mineira Luciana Chamane. A blogueira seguiu com o cantor para a casa alugada por ele no Joá e no carro trocaram muitos carinhos.

TROCANDO UMA FESTA POR OUTRA

Vários artistas, atletas e fãs que foram à uma after party oficial da Purpose World Tour produzida pela John John. Após o show, todos acreditavam que Justin passaria por lá para dar pelo menos um “oi”. Não foi o que aconteceu, deixando todo mundo frustrado. 

O astro pop decidiu andar de skate e depois seguiu para a festa no Hotel Fasano, onde se encantou pela morena Luciana Chamane, já citada. Nomes como Agatha Moreira, Fabiana Karla, Isabella Santoni, o ex- bbb Antonio, Mc Gui estiveram por lá esperando o cantor.