O funcionário do mês do governo Temer voltou a tomar atitudes para agradar ao chefe. Só que dessa vez passou vergonha internacional.
É que na entrega do prêmio Camões - o maior da língua portuguesa - o escritor Raduan Nassar criticou o cenário político brasileiro e falou que estamos vivendo tempos sombrios após o golpe.
Foi quando o ministro da Cultura, Roberto Freire, resolveu sugerir que Nassar devolvesse o prêmio, já que o estava recebendo de um adversário político.
Só que....o prêmio não é oferecido por Michel Temer. Em 2016, à época em que a presidenta ainda era Dilma Rousseff, um júri independente, formado por escritores de vários países de língua portuguesa, escolheu o escritor por unanimidade.
A imprensa portuguesa não perdoou a arrogância de Freire e o desprezou. A jornalista Alexandra Lucas Coelho, do Jornal Público, para se ter uma ideia, escreveu um artigo no qual enumera motivos para desbancar a atitude do ministro e exaltar a obra de Raduan Nassar.
“Claro que o ministro sumirá da história e a obra do premiado fica, enquanto houver alguma forma de livro no planeta”, chegou a escrever Alexandra.