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Minas Trend Preview Inverno 2017 - Salão de Negócios: as tendências da Kalandra

Nos quatro dias de feira, o otimismo voltou a tomar conta das negociações

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Mais uma edição e, novamente, designers e compradores satisfeitos. Na 19ª edição do Minas Trend, que rolou na última semana em Belo Horizonte, cerca de três mil compradores de 15 países agitaram os corredores do Salão de Negócios da fashion week mineira e mostraram que com criatividade e talento é possível contornar as dificuldades econômicas.

Entre as 219 marcas de vestuários, calçados, bolsas e bijuterias que marcaram presença nos 72 mil metros do Expominas, o HT foi conhecer um pouco mais da história de cada uma e saber como estava a recepção das criações e, principalmente, das negociações. E, de fato, nossas conversas só comprovaram a euforia dos corredores: o otimismo voltou a acompanhar as transações.

KALANDRA

Uma noite de realizações pessoais serviu de inspiração para a criação da coleção “Tecendo Memórias”. No Salão de Negócios do Minas Trend, a Kalandra apresentou belíssimos modelos que foram inspirados nos looks de um casamento. Sim, leitores. A grife de Ana Flávia Castro foi a responsável por assinar os modelos das madrinhas e das mães dos noivos neste dia de festa. Com um resultado incrível, os vestidos deste casamento inspiraram toda a coleção Inverno 2017 da marca. Como nos contou Ana Flávia Castro, que é a diretora comercial da Kalandra, a grife combinou os desejos das personagens com a identidade da marca. “Foi um casamento todo handmade em que os vestidos foram feitos a partir de referências e inspirações das próprias usuárias dos modelos. Então, nós combinamos nesses croquis o DNA da Kalandra com o que essas mulheres queriam vestir. Com essa história do casamento, nós criamos essa coleção inspirada nas mulheres reais que querem viver sonhos, como o de uma união matrimonial”, contou sobre a coleção que é setorizada de acordo com a participação. “As peças são classificadas de acordo com as personagens do casamento. Ou seja, temos a linha para as madrinhas, para as convidadas e as mães dos noivos”, explicou.

Todo esse clima lúdico e emocionante é traduzido em vestidos que são verdadeiras obras de artes. Ricos e exuberantes, os modelos possuem pedrarias, cortes e cores impressionantes. Ou seja, nenhuma grande diferença das coleções anteriores da Kalandra.  “A pedraria está no nosso DNA. A gente trabalha muito com pérolas, cristais, chatons em cima dos tecidos, como tule, crepe e cetim. Sempre tem!”, reafirmou Ana Flávia Castro, acrescentando que a cartela de cores é uma combinação do tradicional com o ousado. “Nossos modelos variam do clássico preto e branco, que quase todo mundo gosta, e apostas em combinações bicolores com cores fortes como azul e preto, amaranto e chamois”, completou.

Porém, essa riqueza fashionista tem um preço. E, em tempos de crise, o custo não pode ser ignorado. Ciente disso, Ana Flávia Castro contou que essa preocupação faz parte de todos os processos de uma grife, desde a criação à negociação final. “A gente tem que se preocupar bastante com o preço nos dias de hoje. Quando o lojista nos procura, pode ser a roupa mais maravilhosa possível, mas se ela não tiver um preço comercial, não adianta. Nós precisamos pensar em modelos que tenham um custo que faça girar a roda de compras. Afinal, nem a marca e nem o lojista querem ficar com um produto preso ao cabide”, argumentou a empresária que adota estratégias para contornar a situação. “Nas coleções, a marca diminui um pouco a quantidade de bordado e aposta em uma coleção luxo mais enxuta para reduzir os preços mais elevados. Assim, fica mais acessível para o comprador e para a cliente”, concluiu.

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