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Beyoncé arrasa (de surpresa!) na última edição do prêmio BET Awards, nos EUA

Cantora e Kendrick Lamar foram as grandes atrações de cerimônia politizada

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Como não poderia ser diferente, a 16ª edição do Black Entertainment Television (BET) Awards, evento que premia anualmente personalidades que se destacam na cultura afro-americana, mostrou o porquê Beyoncé é considerada uma das maiores cantoras de sua geração. Com o nome fora da lista de apresentações, a artista surpreendeu ao abrir o evento entoando a simbólica canção “Freedom”, que integra seu último álbum  “Lemonade”, lançado há cerca de dois meses. Para o palco, ela levou seus dançarinos e toda a estrutura aquática da “Formation World Tour”. “Eu vou andar sobre a água até que a maré não se mova”, cantou Beyoncé em sua entrada, enquanto era molhada pelo seu corpo de bailarinos.

Além da performance, que também contou com a presença de Kendrick Lamar, compositor da canção, a intérprete de “Crazy in Love” e “Single Ladies” ainda levou quatro das cinco categorias que estava sendo indicada, incluindo“Vídeo do Ano” pelo clipe de “Formation” e “Melhor Artista Feminina de R&B/Pop”. No entanto, vale lembrar que o poderoso clipe lançado recentemente por Bey causou polêmica nos Estados Unidos por trazer referências diretas ao grupo Pantera Negra, partido ligado à cultura afro no país norte-americano.

Outro destaque da noite foi o tom político que cada celebridade trouxe para a premiação. Artistas como asatrizes Tracee Ellis Ross, Taraji P. Hensen e o cantor Usher fizeram questão de criticar o político Donald Trump, candidato à presidência dos EUA conhecido por suas ideias conservadoras e preconceituosas. Seguindo a mesma linha, Jesse Williams, ator da série “Grey’s Anatomy”, venceu o Prêmio Humanitário do BET por seu ativismo e, em um discurso emocionado, ofereceu a estatueta aos colegas que lutam por igualdade.

“É para os organizadores reais de todo o país, os ativistas, os advogados de diretos civis, os pais que lutam, as famílias, os professores e os alunos que estão percebendo que o sistema construído para dividir, empobrecer e destruir-nos não pode continuar”, disse. “Este prêmio também é para as mulheres negras, em participar, as que passaram sua vida nitrindo todos antes de si mesmas”, ressaltou, que ainda deixou um recado. “Se você não tem interesse em igualdade de direitos para os negros então não faça sugestões para isto: Fique sentado”, ponderou. Mais tarde, o ator Samuel L. Jackson, que recebeu o prêmio honorário pelo conjunto da obra, disse que não tinha ouvido um discurso parecido desde a década de 1960.

Entre as apresentações musicais, Alicia Keys, que compareceu à premiação sem um vestígio de maquiagem no rosto – como já havia anunciado, há cerca de 20 dias -, animou o público presente com uma performance intimista de seu mais novo single “In Common”. A cantora ficou rodeada de instrumentos enquanto soltava seu vozeirão na faixa. Já o cantor Usher provou que voltou com o mesmo pique de antigamente. Acompanhado de Yung  Thug e vários dançarinos, o artista apresentou seu novo single “No Limit”, vestido com uma camisa que estampava a frase: “Don’t Trump America” (mais uma crítica a Donald Trump).

Apesar de tantos talentos, o espetáculo só ficaria completo após o tributo ao cantor Prince, morto em abril deste ano. A homenagem se desdobrou por muitos artistas, entre eles: Erikah Badu, que interpretou “The Ballad of Dorothy Parker” e Stevie Wonder e Tori Kelly, cantaram “Take me With U”. Um dos pontos altos da honraria ficou por conta de Jennifer Hudson com um trecho do megahit, “Purple Rain”Maxwell com “Nothing Compares 2 U”, eJanelle Monae com medley de “Delirious” e “Kiss”.

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