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Que o golden spirit nos ilumine! Osklen faz o melhor desfile do Rio Moda Rio....

A seda, o linho, o algodão e a pele de pirarucu for muito usados

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Em um desfile cinematográfico, com o Museu do Amanhã de cenário e o pôr-do-sol de pano de fundo, a Osklen apresentou sua nova coleção no terceiro dia de desfiles do Rio Moda Rio. E, como contou Oskar Metsavaht, foi tudo imaginada e planejado para que a performance, realmente, tivesse esse caráter de espetáculo. “Eu fiquei preocupado com tudo: a hora, o pôr do sol… Fora isso, a simbologia de trazer o desfile da Osklen para o Museu do Amanhã eu acho que já diz tudo. Aqui, é onde a arte, ciência e sustentabilidade são os pilares fortes da instituição, e que são os mesmos que eu trago para dentro da marca. Eu acho que aqui, nós mostramos que o amanhã vem quando você compartilha com os outros experiências e conhecimentos a partir de filosofia e arte. É o amanhã de um futuro criativo que Rio de Janeiro e o Brasil precisam ter”, disse.

Sobre a volta dos desfiles no Rio, aliás, Oskar é bem tácito: “O Brasil é a principal plataforma de moda, e a cidade do Rio de Janeiro tem todo um espirito para a criatividade. Apesar de ser diferente de São Paulo, eu acho que cada cidade tem que criar a sua plataforma que leve, cada vez mais, a compreensão e o entendimento de que a moda não é só o produto. Então, o Rio Moda Rio veio de encontro para complementar o que o São Paulo Fashion Week faz”. E o fundador da Osklen foi além quando questionado sobre a ausência de dois anos da cidade no calendário oficial de desfiles. “O Rio não ficou sem moda durante esse tempo. Ela está nas ruas, nas coleções que estão nas lojas, nos ateliês dos designers, em tudo. O Rio de Janeiro parar com o Fashion rio, que foi uma proposta minha, foi para redefinir o que seria um evento de moda na cidade”, sentenciou.

Depois do papo sério, vamos falar do que viu-se na passarela que tirou o fôlego dos convidados. A inspiração para os modelos desfilados, segundo a gerente das coleções feminina e masculina, Michelly Valentin, foi a viagem de um casal a Momupuri. “Esse nome foi inventado pela marca para uma ilha paradisíaca, como se fosse Ibiza. A ideia foi imaginar o que um casal levaria na mala para passar o fim de semana nesse lugar. Então, pensamos desde a roupa do avião, às roupas de banho e looks para um luau à noite, por exemplo”. No feminino, os destaques, segundo Michelly, foram as amarrações de lenços que permitem diversos looks diferentes e as aplicações de pedraria. Já na coleção masculina, ela contou que a marca procurou aperfeiçoar ainda mais os clássicos já conhecidos. “Eu acho que no masculino, os pontos altos são os nossos clássicos editados e modernizados com diferentes materiais. São menos modelos e mais acertos de qualidade. Nessa coleção, esse toque de novidade está nas aplicações de pedras e de pele de pirarucu”, disse.

Entre os materiais escolhidos para traduzir em roupas essa ideologia, foi a seda, o linho, o algodão e a pele de pirarucu. Como explicou ao HT, a ideia em aplicar o revestimento do animal nos longjohns, que são as roupas de neoprene usadas por sufistas, foi combinar o moderno com o tradicional. “Ao mesmo tempo que a gente trabalha com um material super tecnológico, o bordado é feito à mão com linha de seda. Ou seja, a gente sempre tenta manter esse universo combinado do tecnológico com o rústico e natural”.