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#SPFW: top Carol Ribeiro fala sobre dividir a passarela com modelos mais novas

“Não posso entrar na passarela de biquíni com as meninas de 16 anos”, confessou

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Carol Ribeiro brilhou no primeiro dia da São Paulo Fashion Week. E não foi só na passarela – onde, claro, marcou presença no desfile da Amabilis, marca capixaba selecionada no projeto Top Five e com styling assinado por Giovanni Frasson. Pelos corredores da Bienal do Ibirapuera, a modelo era só sorrisos. “Quarta-feira eu vou desfilar pela Lenny Niemeyer e pela Água de Coco, mas não desfilo de biquíni. Não dá para comparar, né? (risos). Não posso entrar na passarela de biquíni com as meninas de 16 anos. Eu estava olhando e, esse ano, tem meninas que nasceram quando eu comecei a modelar. Fiquei chocada”, contou, aos risos – e cheia de modéstia.

Com uma carreira internacional consolidada, Carol tem uma relação especial com a SPFW. “Nunca deixei de fazer, eu sempre acabava desfilando para a Neon pelo menos. Agora voltei um pouco mais, fazendo os desfiles que eu acho que tem a ver. Por exemplo, moda praia eu não faço, mas a Lenny sempre me coloca com uma roupa, um quimono. Tenho algumas restrições, então sei que não estarei em todos os desfiles. Mas é muito gostoso rever todo mundo. Eu faço desde a primeira edição”, disse.

Como uma modelo que entende do que faz, qual a opinião de Carol Ribeiro sobre o novo formato das semanas de moda e a aproximação com o varejo? “É bem novo, ninguém entendeu muito bem ainda. Acho que todo mundo está um pouco perdido, se questionando: ‘será que vamos perder a moda como criação?’. Acho que isso vai acontecer um pouco, fato, mas daqui a pouco eles vão criar uma maneira de mostrar novamente a moda como criação. Eu não sei o que, nem como, mas provavelmente vão descobrir um espaço para mostrar a criação e continuar vendendo. De repente os desfiles da forma que conhecemos vão virar essa moda rápida mesmo, mas aí alguém vai ter alguma ideia que vai mostrar o espaço criativo, porque se não perde a graça”, analisou.

Por outro lado, na opinião de Carol, a alta-costura pode se fortalecer com tantas mudanças. “Muitas marcas pararam de fazer alta-costura e voltaram, agora não sei como vai ser. Mas é diferente, quando se coloca uma roupa de alta-costura, a passarela, o ambiente todo muda. Tem muito tempo que não faço, mas lembro que era outro clima. É um sonho real. De repente a alta-costura pode até se fortalecer com a aproximação da moda com o varejo, porque é por ali que o estilista vai mostrar a criação. De repente ela volte ao que era, lá nos primórdios”, arriscou.

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