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Minas Trend: Sonia Pinto busca inspiração no Japão, com patchwork e sobreposição

Estilista mostrou inclinação para looks quase andróginos, preparados para o frio

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Sonia Pinto tem 40 anos de carreira mas nunca havia desfilado uma coleção no Minas Trend. O dia demorou, mas chegou. Porém, sob uma condição: ela só pisaria na passarela da 18ª edição da passarela mineira se pudesse desfilar a coleção que tem no momento, que é de outono-inverno. 

“Tem muitos anos que eu trabalho dessa forma e não iria mudar de jeito nenhum. Não acredito nesse trabalho de seis meses de antecedência antes de a roupa ir para a loja. É desgastante financeiramente e fisicamente, principalmente para quem tem indústria pequena”, disse antes do fashion show. 

Dito e feito. Com um desfile longo – o maior da temporada até agora -, Sonia entregou o Inverno 2016 com uma rica variedade de tecidos: tule com seda e crepe (alguns japoneses), malhas transparentes, tule bordado com retalhos de seda pintada, veludo de seda pura, lã e por aí foi. Com o preto e o off white ditando as regras na coleção, Sonia parece ter prezado por um luxo minimalista – com perfume japonês -, que ganhou ar jovial com sobreposições bem, mas bem amplas. HT amou quando viu patchwork de tons pretos. 

Ao mesmo tempo em que os looks masculinos, por mais que imponentes, fossem básicos, apresentavam uma dramaticidade e refino de primeira. Com um pé na parte oriental do globo, a coleção de Sonia Pinto ainda surfou na crista da onda do momento, a da androginia (para Sonia, “alma não tem sexo”). O resultado? Aplausos longos, dados de pé, no Expominas. A galeria de fotos fala por si só.

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