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O rock está vivo? Em seu dia, refletimos sobre a sobrevivência do gênero musical 

Sempre ocupando um papel polêmico na música brasileira, gênero renova-se

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Para os fãs de música, o dia 13 de julho é uma data um tanto especial: trinta anos após a realização do megashow ‘Live Aid’, comemora-se, até hoje, o ‘Dia do Rock’. Bacana é que a data seja celebrada também no Brasil, onde o gênero musical sempre sobreviveu através de uma relação de 'tapas e beijos' com o público. Basta lembrar, por exemplo, a polêmica inserção das guitarras elétricas na música brasileira na década de 60, ideia vinda, é claro, do grupo tropicalista (aquele que fez uma revolução na nossa música, certo?).

No entanto, de maneira conturbada ou não o rock conseguiu, à la fênix que ressurge das cinzas, sobreviver até hoje no cenário cultural do país, seja através de roupagens mais voltadas para o pop seja para a turma mais focada no underground. 

Alguns puristas podem até se arriscar a dizer que apenas nomes de medalhões como Deep Purple e Led Zeppelin é que devem constar no hall da fama do rock n’roll. Por outro lado, são nomes de brasileiríssimos como Mutantes, Raul Seixas, Sepultura e Planet Hemp que provam que, sim, o Brasil tem um espaço especial para as guitarras.

Na tentativa de elaborar um panorama sobre a cena atual, não hesitamos em eleger uma banda como o último grande nome do rock brasileiro, os cariocas do Los Hermanos. Carregando na dose de melancolia, o quarteto pode gabar-se de ter sido o último nome a arrastar multidões atrás de seu rock n' roll - o que, claro, sempre gerou uma polêmica ao redor do grupo. Depois dos rapazes, outros nomes vêm ensaiando jornadas pessoais pelo gênero, injetando fôlego em uma (muitas vezes saturada) cena musical brazuca.

Meio de muletas, meio renovando-se, é um fato que o rock sobrevive mais como uma atitude - que ainda mantém-se viva especialmente em cidades mais cosmopolitas - do que como gênero musical. Em tempos em que a cultura de massa impera radicalmente na cultura de todo o mundo, é o rock que ainda preza por injetar frescor nos ouvidos daqueles que o cultuam.

Escolhi uma série de imagens assinadas por Vinícius Pereira dos shows de rock que cobrimos nos últimos tempos. Vale a pena dar uma conferida em flagrantes eternizados pelas lentes do fotógrafo.


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