ASSINE
search button

SPFW Day #4: Lenny Niemeyer transporta praias do Rio para passarela paulista

Desfiles foram dominados por tendência de autohomenagem de algumas grifes

Compartilhar

Ao comemorar sua trajetória de 20 anos, a São Paulo Fashion Week acaba influenciando a cabeça dos estilistas que passam por sua passarela, que muitas vezes revêem sua trajetória ao longo destas duas décadas. Depois de Reinaldo Lourenço e João Pimenta fazerem esta espécie de autohomenagem, foi a vez de Lino Villaventura e Samuel Cirnansck revisarem suas caminhadas até aqui.

Patricia Vieira - uma verdadeira alquimista fashion, ao transformar couro em outros materiais - inspirou-se na Costa Rica para criar sua coleção de Verão ’16. Praias e florestas deram o tom de estampas super exuberantes, alcançando um resultado para lá de satisfatório. Tendência clara para o próximo verão, o Japão aparece na coleção da Acquastudio, através de uma releitura de cerejeiras, árvores e flores típicas do país. Peças singelas foram desfiladas por entre um cenário de babar - e olha que a temporada não anda lá tão forte no quesito cenários, viu?

Ex-carro chefe do interrompido Fashion Rio, Lenny Niemeyer carregou na carioquice ao desembarcar em São Paulo, onde seu beachwear fino foi super bem recebido na SPFW. Na passarela, a grife brincou com fantasias de carnaval, com direito até a aplicações estilizadas de confetes e serpentinas. Tudo isso embalado ao som de uma versão da música “Eu sou o samba”, cantada por Celso Fonseca.

No clima de comemorar sua própria trajetória, a Têca, grife de Helô Rocha, celebrou seus 10 anos com muita alfazema, pipoca colorida e marafo. Os orixás da Bahia guiaram a criação das peças da coleção da estilista. Operando uma ode ao Nordeste, a grife abusou de opeças em branco, preto, vermelho,a sul e off-white, com destaque para rendas, transparências, devorês e bordados. Quem ficou responsável por fechar o show de Helô foi ninguém menos do que Lea T., presença poderosa na catwalk.

Para Samuel Cirnansck, “as referências dos anos 1920 têm uma simplicidade sedutora, assim como as da década seguinte, repleta do glam da cintilância art-déco, são irresistíveis. Amo as duas”, contou o estilista no backstage, antes de seu desfile. Na passarela, o que se viu foram vestidos com torsos justos, macacões colantes, tachas e correntes. Desfile que fechou o quarto dia com pé direito.

[email protected]