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SPFW Day #3: despedida de Gisele Bündchen passa feito furacão pelo evento

Top model teve farewell emocionante com direito a homenagem de colegas

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A criatividade tem ditado o tom das criações desta 20ª edição da São Paulo Fashion Week. No terceiro dia do evento, só havia uma pessoa no centro de todas as atenções: Gisele Bündchen, é claro. A despedida da maior das top models conseguiu emocionar o público, durante o desfile da Colcci, o último do dia. Nomes como o de Luciana Curtis, Caroline Ribeiro, Aline Weber, Daiane Conterato, Mariana Bittencourt e Fernanda Tavares foram escalados para prestarem homenagem a rainha da moda mundial.

Além do furacão Gisele, as peças apresentadas pela Colcci estão dentre as melhores que a grife já mostrou no SPFW. Muito preto e branco, vermelho e amarelo fortes, rendas e grafismos, abusando dos contrastes para a despedida da uber-model.

Neste terceiro dia, Reinaldo Lourenço exibiu coleção inspirada em um ícone do universo do estilo: a escritora George Sand, amante de Chopin e espécie de precursora da androginia moderna. O estilista jogou com peças masculinas como a camisa branca e as traduziu para o universo feminino. Tons de azul e rosa pastel, além de babadinhos e palas românticas ajudaram a feminilizar as criações de Reinaldo.

Tomando inspiração das “mulheres do mar” (coletoras de pérolas do Japão), Alexandre Herchcovitch apresentou um verão poderoso, onde reinventa formas e o uso de materiais. Já Ronaldo Fraga mergulhou nos seres mitológicos para a sua coleção. O resultado foi uma sucessão de looks - um mais lindo que o outro - com materiais trabalhados para evocar a espuma do mar. Para compor o show, a trilha sonora era “Suite do pescador”, de Dorival Caymmi e “Oração da mãe menininha do Gantois”, de Caetano Veloso.

Vitorino Campos comprovou que é mesmo como o vinho: com o tempo, vai envelhecer e ter seu paladar cada vez mais apurado. Seu verão tem uma alfaiataria impecável, com vestidos trabalhados de dois modos: com contraste entre preto & branco e tons pastel e mix de estampas. Utilizando o minimalismo que é sua marca registrada, o estilista se apropriou de formas típicas dos anos sessenta e as incrementou com lencinhos e outros toques delicados.

João Pimenta reforçou a verve do terceiro dia pelo experimentalismo. O criador mostrou que o importante na moda é deixar para trás as definições de masculino e feminino, apresentando montagens que poderiam servir para ambos os sexos. Vestidos tubinhos, vestidos-coletes, pantalonas com vincos típicos de terno e até paletós de tailleur se transformam em propostas ideais para o universo masculino. Resultado fino.

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