O terceiro e último dia de desfiles da 16ª edição do Minas Trend foi pautado pelo mote “errar é humano, mas bordar é muçulmano”. O lema deu o tom desta sexta (10) de desfiles na semana de moda mineira, e especialmente a coleção apresentada por Fabiana Milazzo - uma verdadeira bamba no quesito roupa de festa. Intitulada “Namastê”, a coleção inspirada no Tibete agradou a maior parte do público, sendo o highlight de um dia cheio de boas surpresas.
Rogério Lima mostrou suas maxi bolsas estruturadas, escolhendo vestir seus modelos com looks minimalistas da E-Store. Lucas Magalhães, que teve sua marca comprada no ano passado pela poderosa Patricia Bonaldi, passou a ter um acesso maior a uma interessante gama de materiais, como o próprio nos confessou.
“Agora posso variar mais nos materiais, combinar as coisas de forma diferente. A base da estamparia digital continua, mas já dá para usar jacquards e desenhos feitos a laser”, conta o moço, apostando nas benesses de sua inclusão no grupo de grifes formado pela estilista mineira. E, claro, essa premissa de trabalhar a coleção com maiores recursos é algo como ter acesso aos brinquedos de um parque de diversão, embora o designer prefira afirmar que está mais “para um cientista louco bem focado, já que vender é preciso”
Com Isabeli Fontana abrindo e fechando seu desfile, Fabiana Milazzo apostou em tapetes e tipologias orientais, mantendo o exagero dos bordados, mas com uma proposta atualizada. Gostamos, especialmente, das blusinhas bordadas e dos coletes com ar esportivo. Um acerto!
A Plural continuou fiel a sua essência, apresentando peças descomplicadas, soltas e assimétricas. Já Mabel Magalhães teve ninguém menos do que Luiza Brunet em sua plateia, fechando com chave de ouro o calendário da fashion week. O clima era de cinema pós-2ª Guerra, evocando musas como Brigitte Bardot, Sophia Loren e Anita Ekberg.Tops corsetados, saias godê, vestidões e cinturas marcadas faziam referência aos anos 50, tudo embalado por ‘Fly me to the moon’, de Frank Sinatra.