O Lollapalooza 2015 começou com uma bomba daquelas, no sábado (28): a banda Marina and the Diamonds cancelou em cima da hora sua participação no evento, dando ares de incerteza ao início do festival. No entanto, após seus dois dias de dezenas de shows, o balanço é, sem dúvida, positivo. Público e crítica saíram do evento para lá de satisfeitos, coroando mais uma edição do Lolla no Brasil.
No sábado, a divisão era clara, no line-up, entre o rock alternativo e a música eletrônica. Na primeira categoria, gente do naipe de Jack White e Robert Plant fizeram shows memoráveis, enquanto os mais jovens apostaram nas batidas e nos sintetizadores de Skrillex. O DJ, aliás, foi responsável por conquistar um dos momentos mais épicos do primeiro dia do festival, comandando com maestria uma multidão ávida por seus hits.
Aparentemente fora de seu hábitat natural, foi Marcelo D2 quem surpreendeu mais na primeira noite do evento. Bastou o rapper entoar os primeiros versos de ‘Desabafo’ (“deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida…”) para o público embarcar em sua apresentação, que ainda teve cover de ‘Seven Nation Army’, dos White Stripes (nos perguntamos o que será que Mr. Jack White achou da versão, nos bastidores…).
O segundo dia do Lolla começou morno: o clima nublado e a ameaça constante de chuva pareciam que poderiam desanimar o público a qualquer momento. Nada disso! Os ingleses do Interpol conseguiram, ainda à tarde, levar milhares de pessoas a um frenesi coletivo. Ao redor de 17h30, uma escolha dividiu a multidão: começavam, em palcos diferentes, os shows da baiana Pitty e dos californianos do Foster The People.
Enquanto os moços americanos foram responsáveis por atrair a maior parte dos presentes, a baiana não fez por menos e mostrou um desempenho invejável durante seu show. A plateia, vale lembrar, cantou em coro os maiores hits da estrela, como ‘Máscara’, ‘Na sua estante’ e ‘Pulsos’. Além de seus clássicos, a cantora ainda aproveitou para apresentar a plateia seu mais novo single, a canção ‘Um leão’ - e, pela reação do público, a nova criação da moça está mais do que aprovada.
Sem encontrar grande competição de outros shows, o escocês Calvin Harris comandou aquela que talvez tenha sido a apresentação mais lotada de todo o festival. Também pudera: o moço destilou hit após hit em seu show, entoando músicas como ‘We found love’ e ‘Sweet Nothing’.
Após o show de Harris, o público migrou em massa para a apresentação do The Smashing Pumpkins, o que fez com que o show de Pharrell Williams começasse um pouco menos cheio do que se esperava. A apresentação do poderoso produtor musical foi simpática, com seu ultra-hit ‘Happy' sendo guardado na manga para o fim. Com o público feliz ou não, o festival encerrou sua quarta edição no Brasil com louvor. Bombou!