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Na TV: Audiência e faturamento nas mãos da classe C e dos programas populares

Atualmente, todas as emissoras da TV aberta têm, pelo menos, uma atração de cunho mais popular no ar

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"Meu namorado é feminino, mas eu nem ligo para isso" "Você pensa que sua mãe é santa? Olha, vou te contar..." "Para ter um filho tão folgado, era melhor não ter nenhum!"Essas frases poderiam ter saído do texto de um personagem cômico dos folhetins brasileiros, mas foram alguns dos temas do 'Casos de família', do SBT, na semana passada. Tem quem encare a atração comandada por Christina Rocha com olhar de comédia rasgada e quem enxergue o palco do vespertino como uma arena de discussões relevantes sobre situações que a vizinha ou a prima podem estar vivendo. O fato é que 'Casos de família' é um sucesso nas tardes da emissora de Silvio Santos e chega a faturar, em média, R$ 1 milhão por mês, garante a apresentadora da atração, na entrevista que será exibida na noite deste domingo (7) no programa 'De frente com Gabi', também no SBT.

Atualmente, todas as emissoras da TV aberta produzem, pelo menos, uma atração de cunho mais popular, que, geralmente, têm a classe C como foco. Seja a trama ambientada no subúrbio de 'Avenida Brasil', os casos policiais do 'Cidade alerta' ou o próprio 'Casos de família', que costuma oferecer um cachê de R$ 80 a cada participante, além de uma dentadura, caso seja necessário, e exige que as histórias contadas sejam verídicas. 

E o resultado da aposta vem em números na audiência e consequente lucro nos intervalos. Na Record, por exemplo, o 'Balanço geral' e o 'Cidade alerta' estão marcando mais pontos no Ibope do que o 'Programa da tarde' e a novela 'Rebelde', exibida no horário nobre, que chega ao fim nesta semana. Na quinta-feira passada (4), o 'Balanço' e o 'Cidade alerta' tiveram média de 5 e 7 pontos, respectivamente, enquanto o programa de Ana Hickmann e Britto Jr. marcou 4 pontos, assim como a novela juvenil, em sua reta final.

"Hoje todas as TVs têm que se preocupar com a classe C, até os telejornais estão mais à vontade", também observa Christina Rocha na entrevista concedida à Marília Gabriela. Uma das âncoras de telejornal mais famosas do país, Fátima Bernardes, aliás, abandonou a bancada e hoje tenta se alinhar à essa parcela do público em 'encontros' matinais diários. O poder de consumo no Brasil está nas mãos da classe C. E o controle remoto também. 

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