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'A maior preocupação era não matar Tom Cruise', diz diretor de Missão Impossível

Brad Bird tinha medo que algo grave acontecesse com o ator que dispensou dublês nas filmagens

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Enquanto a imprensa se preparava para conversar com o diretor Brad Bird e o produtor Bryan Burk, de Missão Impossível – Protocolo Fantasma, Tom Cruise estava em sua suíte no Copacabana Palace malhando na academia, montada especialmente para ele, dentro de seu quarto. O resultado da fidelidade com a qual Tom cuida do corpo pode ser vista no quarto longa da série do agente secreto Ethan Hunt, onde o ator dispensou o uso de dublês e fez questão de participar de todas as cenas mirabolantes – incluindo uma escalada pela parte externa de um prédio em Dubai. “Fizemos um seguro de vida normal para todos os envolvidos no filme, em parte porque a companhia seguradora não deve ter entendido muito bem o que faríamos durante as filmagens”, brincou o produtor, Bryan Burk. “Nossas maiores preocupações eram fazer com que o Brad (diretor) tivesse tudo o que precisava, não extrapolar o orçamento e ter a certeza de que Tom não morresse”, disse, arrancando gargalhadas de todos os que estavam no Salão Vermelho do Copa.

A dupla não deixou que a tensão de produzir a sequência de Missão Impossível, passados cinco anos desde o último filme, atrapalhasse as filmagens. “Não encaramos a expectativa do público como ônus, mas quisemos supri-la e também surpreender o expectador, levando-o para outro lugar além do já esperado”, contou Brad Bird. “Por exemplo, todos esperam que os equipamentos eletrônicos funcionem perfeitamente durante todo o filme. Pois vocês terão algumas surpresas dessa vez”, completou, cheio de mistério. 

Além da interpretação, a marca de Tom Cruise também aparece na produção e nas dicas que deu ao diretor. “Trabalhar com ele é como estar em uma escola de cinema. A todo momento ele fazia referências a Martie, que seria o Martin Scorsese, ou Stanley, que seria o Stanley Kubrick. Sem falar na experiência de 30 anos gravando filmes”, elogiou Bryan. Segundo o produtor, Tom fez três exigências quando começaram os planos para Protocolo Fantasma: “ele queria que esse filme fosse mais grandioso que os outros, que realmente fizéssemos um longa internacional e que nós conseguíssemos sacudir o público”. Para saber se os objetivos de Tom foram alcançados, é só ir ao cinema. A gente está indo daqui a pouco.

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