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HT no Rock in Rio: a apoteose dos 'camisas negras' encontra refúgio no show do Metallica

Dia dedicado ao 'heavy metal' ganha de presente mais de 2 horas de uma performance antológica da banda liderada por James Hetfield, um verdadeiro 'entertainer' da música

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O dia dos 'camisas negras'... assim poderia ser definida a terceira jornada deste Rock in Rio. Heavy metal no palco e, do lado de cá, na plateia, talvez a noite mais tranquila do evento (a não ser pelo colapso do sistema de esgoto... mas esta jé é outra pauta). No que se restringe ao espetáculo da música, um dia nobre dos metaleiros.

Enquanto o Glória se esforçava para conquistar o público, abrindo o Palco Mundo, o Sepultura arrebatava corações e madeixas no Palco Sunset. A falha de estratégia no line up, até agora, mais evidente. O que se prolongou ainda durante o início do (ótimo) show dos americanos do Coheed and Cambria, que disputaram com Andreas Kisser & Cia. a atenção da galera durante alguns poucos minutos. Vitória, claro, da banda de origem mineira.

Em seguida, no palco principal, os britânicos do Motörhead fizeram uma apresentação burocrática, sem conseguir empolgar, apesar da participação de luxo de Andreas Kisser na guitarra. Já o Slipknot...

Os mascarados incendiaram a Cidade do Rock com suas peripécias teatrais, com direito a 'mosh' na plateia, preparando terreno para o momento maior da noite, que se aproximava: o show do Metallica. Nota: o Slipknot proibiu fotógrafos na área de pit, em frente ao palco.

'Vocês esperaram muito tempo por nós, e nós esperamos muito tempo por vocês, Rio'. James Hetfield, líder do Metallica, pode ser considerado, até agora, o grande 'entertainer' do festival, conseguindo dominar as 100 mil pessoas à sua frente de maneira magistral, durante as mais de 2 horas de apresentação da banda, em uma noite memorável para os fãs do gênero.

Em dado momento, pediu para que as luzes fossem todas acesas sobre o público, no que James soltou: 'Vocês são lindos'. Gritos gerais, que só foram calados alguns minutos depois do fim do show, pois foi difícil se locomover, não por qualquer motivo de logística de saída da Cidade do Rock. Mas por conta da anestesia de felicidade provocada após o êxtase gerado pelo Metallica. Para muitos, até agora, o melhor show deste Rock in Rio.

por Pedro Willmersdorf

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