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Guitarrista-ícone do jazz no Brasil, Ricardo Silveira fala sobre o gênero

E rejeita o rótulo de 'música instrumental': "Música é música, seja instrumental ou vocal"

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Responsável pela abertura do show de quinta-feira, na Costazul, Ricardo Silveira topou conversar com a coluna por um instante. Ele começa falando o que pensa dos shows do festival: “Eu gostei muito do Yellowjackets, sou amigo do pessoal, estava com saudade deles, então pra mim foi um momento bacana. Gostei de ver também a Jane Monheit. Por causa da correria, só pude ver esse dois shows, foram os únicos que consegui parar e assistir com calma...”

Silveira também deixou claro que não gosta da nomenclatura “música instrumental”. Para ele, “toda música é música”, seja ela instrumental ou vocal. O guitarrista acredita que o Brasil vem dando exemplo com os projetos culturais do gênero.

Mesmo assim, não gosta muito “de bater na tecla da falta de espaço para os novos talentos, pois as pessoas sempre perguntam sobre isso”, mas ele prefere “se concentrar em fazer música”, pois todo o resto é consequência.

Sobre suas preferências musicais, Ricardo relutou um pouco em dizer quem é seu favorito ou favorita. “Não tenho uma preferência, tenho várias... às vezes até é o amigo com quem você toca...", brincou.

E continua: “Ah, eu trabalhei com tanta gente bacana que, nessas horas, a gente acaba citando gente famosa. Parece que a gente quer associar o nome, pegar carona num Wes Montgomery, mas é verdade. Porque o cara, historicamente criou uma série de coisas que se tornaram parte do estilo da guitarra no jazz, por exemplo.”

Mas, para não citar apenas o guitarrista de jazz norte-americano, ele diz que também “gostava do Pepeu Gomes nos Novos Baianos, porque assistia àquilo tudo com vontade, além do Hélio Delmiro”, encerrando com um sonoro “Mas são vários, vários amigos...”.

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