ASSINE
search button

Olhar artístico dos não-artistas

Fomos descobrir quais são as impressões do público que visita a exposição da dupla de fotógrafos holandeses Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin

Compartilhar

Confira também o nosso blog.

Todos nós, assíduos nas redes sociais, temos uma galeria para chamar de nossa. Nossas fotos de perfil, carregamentos móveis e álbuns de família estão cheios de imagens e de lembranças que não precisam de enormes legendas para serem entendidas. Quando os cliques são assinados por Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin, não é bem assim que a banda toca. 

As imagens finais, expostas na Fundação Bienal, em São Paulo, até o dia 3 de julho, são bem diferentes das polaróides que ficam na câmera logo assim que as sessões de foto acabam. Sabe o photoshop que todo mundo condena? Eles não escondem o uso da ferramenta e ainda fazem composições, colagens e intervenções esculturais que saem do plano da tela (assinadas pelo tio de Inez, Eugène van Lamsweerde) para surpreender, instigar, cativar e incomodar cada um dos que visitam a mostra. Kate Moss usando apenas uma tiara, grinalda e um buquê de rosas brancas estava de um lado e, do outro, o rosto da Björk se confundia com uma gravura colorida quando resolvemos perguntar aos visitantes que admiravam as obras o que cada uma delas transmitia a eles. Sim, sabemos que a arte não foi feita para ser explicada, mas sentida. Por isso o lado divertido da brincadeira está na nossa curiosidade de saber como cada uma delas seria batizada se a dupla de fotógrafos holandeses eles fossem. 

Bill Biliys, 37 anos, host. 

“Parece que é um beijo esperando uma outra boca, sobre um lençol vermelho, bem felpudo. Eu chamaria de Um beijo para um mundo melhor.”

 Alejandro Flores, 25 anos, artista plástico. 

“Para mim é um grito que, de alguma maneira, violenta o expectador. Essa escultura em 3D é um elemento de comunicação entre o expectador, como se ele estivesse chocando esta mulher e ela respondendo à 'agressão'. Se esta obra fosse minha, batizaria de O que está havendo?"

Marcela Saravy, 20 anos, blogueira. “Aqui vejo uma médica, bem elegante e chique, que percebe alguma coisa de errado com o menino. Dá uma certa agonia, porque ele está muito feliz, enquanto ela percebe o problema. Por isso, daria o nome de Diagnóstico errado

Livia Maria Lopes, 23 anos, publicitária, e Barbara Conte, 22 anos, economista.

“É uma mulher super poderosa. O cara poderia olhá-la com ares de admiração, mas, coitado, o papel voou bem na hora! E esse olhar dela transmite muito poder e auto-confiança. Ela não precisa se importar se alguém está a olhando ou não. Por conta de toda essa troca, chamaria de Olhar”.

Ana Paula de Moura, 30 anos, representante comercial, e Junior Ferrer, 38 anos, produtor de eventos

“Acho que transmite a vontade de uma melhor qualidade de vida, quando se sabe unir o luxo e uma vida doce e saudável. Acho que Luxo saudável seria um bom nome, né?”