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Persistência e superação: tendências que nunca saem de moda

O legado que nos deixa esta edição da SPFW vai muito além de cores e modelagens

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Durante a SPFW, encontramos com Caroline Marques e Paola Kloekler escolhendo looks no Mercadinho Chic, na Rua Augusta, em São Paulo. Lindas, as duas são modelos, mas com um adendo: enfrentam a batalha pelo trabalho com deficiências físicas. Fashion e maquiada em sua cadeira de rodas, Caroline nos contou que é paraplégica desde os nove anos, depois de sofrer um acidente de carro. "Tentei arrumar força interior e fazer o que mais amo nessa vida. Ser modelo", comentava orgulhosa de já ter desfilado em eventos para noivas e até recebido um convite para um trabalho no exterior."Gosto de mostrar atitude quando fotografo", acrescenta. 

E as dificuldades nesse mercado e no cotidiano em uma cidade como São Paulo? "São muitos os entraves que enfrentamos no dia-dia. Desde a discriminação até a falta de apoio do poder público em equipamentos urbanos para deficientes. Mas, tento levar a vida numa boa para não me machucar interiormente", revela. 

A loura Paola Kloekler, nasceu com uma doença congênita e usa uma prótese na perna esquerda. Além de modelar, ela também é jogadora de basquete. "Sou uma esportista e com muito orgulho", atesta. "Já ouvi muito 'não' em busca dos meus trabalhos, mas a gente acaba tendo cada vez mais garra para provar que podemos".

As duas, além de Kica de Castro, dona da agência com 80 modelos com algum tipo de deficiência física, foram ao prédio da Bienal para percorrer os corredores e tentar conferir algum desfile. "O importante é a gente estar lá e mostrar que queremos trabalhar e que o mundo da moda tem de ser plural como a vida", disse Paola. Grandes meninas!