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Imagem com pixel branco

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Viralizou na internet, ontem, uma foto de Neymar com o terno azul da seleção, acompanhado de camisa e gravata da mesma cor, óculos amarelos, sapatos marrons e três bolsas de mão, além de uma pequena mala vermelha berrante, de rodinhas, com letras brancas. A repercussão foi imediata e não exatamente positiva: 

“Clodovil convocado?”, disparou um. 

“Esse rapaz não tem senso de ridículo?”, rebateu outro. 

“Discípulo do Daniel Alves”, emendou um terceiro. 

E por aí foi. Das críticas ao “modelito” do craque, a discussão descambou para uma série de comentários jocosos em relação à seleção brasileira: 

“E o avião fretado por uma fortuna para seleção? Tinha até sofás e plantas! O país na maior M... e eles viajando num luxo só. Um Airbus inteiro de primeira classe”. 

“Isso sem falar nas chegadas em Teresópolis, de helicóptero. Ostentação pura. Alguém ia morrer por viajar uma hora e meia de ônibus na serra”? 

“E as visitas do Zagallo e do Parreira? Pra quê? Estão querendo chamar o espírito dos 7 a 1”. 

“Só faltou a cartinha da dona Lúcia”. 

“O oba-oba está lembrando o de Weggis, em 2006”. 

Sobrou até para o técnico, até então, uma unanimidade: 

“Ninguém aguenta mais os anúncios do Tite na televisão. Chato demais com aquela história do pixel branco”! 

“Pior é o outro comercial, com um discurso messiânico”! 

“Fora aquela propaganda de lingerie do Neymar com a Marquezine”.

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Resumo da ópera: além da impressionante indiferença geral em relação à Copa do Mundo (insisto, até o momento, empolgação só existe nas propagandas de TV), há no ar até certa antipatia em relação à seleção brasileira e total falta de identificação com a maioria dos seus jogadores – que atuam fora do país há muito tempo. Se ganhar o hexa, tudo isso se esquece e será somente festa. Mas se perder... 

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Moleza x Pedreira 

Vasco e Botafogo voltam a campo, hoje, em situações opostas. Os vascaínos enfrentam o Paraná, lanterna do campeonato, em São Januário. Ocasião perfeita para o time de Zé Ricardo se reabilitar da derrota na Bahia. Já o Botafogo vai ao Morumbi, encarar o São Paulo, ainda invicto e em plena ascensão técnica. Pedreira, hein, Alberto Valentim? Façam suas apostas. Acho que dá o esperado nos dois jogos... 

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Até que enfim 

Quatro anos depois de vender Hernane para o futebol árabe, o Flamengo, enfim, recebe a grana do Al-Nassr. Ao todo, R$ 21,5 milhões. Que bem poderiam ser imediatamente aplicados em reforços, notadamente nas laterais. Na zaga e no comando do ataque, ainda acho que a turma da casa pode resolver. Foi excelente o rendimento dos jovens Léo Duarte e Thuler, contra o Atlético Mineiro. No ataque, se Lincoln e Victor Gabriel tiverem oportunidades, logo colocarão Henrique Dourado no bolso. O Centro de Inteligência menos inteligente do mundo da bola, entretanto, muito provavelmente, acabará trazendo mais um volante e um centroavante. 

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De novo 

Pela quarta vez consecutiva, Cleveland Cavalliers e Golden State Warriors decidirão o título geral da NBA. Ambos venceram suas conferências no jogo 7. Nas últimas três ocasiões, os Warriors levaram a melhor em 2015 e 2017; os Cavalliers, em 2016. O timaço de Stephen Curry e Kevin Durant entra como favorito. Mas do outro lado tem LeBron James. Certeza só de grandes jogos. E tomara que cheguemos de novo ao jogo 7. O primeiro já será amanhã, na Califórnia.

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Roland Garros 

Nadal e Djokovic venceram seus primeiros jogos, por 3 sets a 0. Mas que diferença de atitude! Rafa esbanjou vitalidade e vontade; Nole, impaciência e má vontade (com os próprios erros). Difícil crer que o sérvio chegue à final. E é quase impossível imaginar alguém batendo o espanhol no saibro de “Rolanga”, onde até hoje perdeu apenas duas vezes em 12 anos! 

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O fuso horário do Peu

Dezembro de 1981, aeroporto de Los Angeles, após alguns dias de treinamentos na cidade americana, a delegação do Flamengo esperava o voo para Tóquio, onde disputaria e conquistaria o título mundial, derrotando o Liverpool por 3 a 0. Aproveitando a existência de “orelhões” no saguão de embarque, vários jogadores ligaram para suas casas, no Brasil. Um deles, o folclórico Peu, ficou bem uns cinco minutos de papo com a mãe, que morava nas Alagoas. Quando desligou, foi chamado pelo experiente (e gozador) goleiro Raul: 

- E aí, Peu, tudo bem? Ligando pra terrinha? 

Diante da empolgada afirmativa do companheiro, disparou a armadilha: 

- Você sabe o que é fuso horário, Peu? 

Não sabia. 

- É o seguinte: aqui já são onze horas (da manhã), mas no Brasil ainda são sete da manhã. 

Peu arqueou a grossa sobrancelha, com cara de que não estava entendendo patavinas. - 

Então – prosseguiu o “véio” – isso quer dizer sua mãe só vai receber essa ligação, daqui a quatro horas... 

- Xi-xi-xiii, se-seu Raul (Peu era gago). Então, pe-perdi meu di-dinheiro. Mamãe disse que ia as-sair e pa- -passar a manhã toda fora...