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Empate decepcionante na pelada

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Os primeiros vinte minutos foram eletrizantes e o placar de 1 a 1 até levou a crer que o clássico dos milhões poderia ser animado e de muitos gols. Doce ilusão. Com o Vasco bem armado na defesa e o Flamengo incapaz de encontrar soluções para encontrar espaços no ataque, depois dos gols, o jogo entrou numa letargia digna do mais profundo sono. Com o resultado, o rubro-negro perdeu a liderança do Brasileiro e, se continuar jogando assim, em breve despencará ainda mais na tabela. 

No duelo dos técnicos, Zé Ricardo levou nítida vantagem sobre Maurício Barbieri. Com uma equipe muito mais limitada tecnicamente, soube montar um esquema defensivo eficiente, corrigindo as muitas falhas dos últimos jogos, quando sofreu seguidas derrotas e goleadas. Dessa vez, o Vasco esteve compacto em campo, sempre se defendendo com duas linhas de quatro e anulou praticamente todas as tentativas de ataque do adversário. 

Já Barbieri, além de não saber encontrar solução ofensiva para seu time, ainda fez uma lambança fenomenal, ao substituir Vinícius Jr., autor do gol, pelo errático Marlos Moreno. Depois dessa, não merecia mesmo a vitória. 

Para completar, um empurra-empurra generalizado, ainda provocou quatro expulsões (Breno e Riascos, pelo Vasco; Rodolfo e Cuéllar, pelo Flamengo). Resumo da ópera: uma pelada medonha. Um clássico para ser esquecido.

Embala ou empaca? 

O jogo de hoje, contra o frágil América Mineiro, mesmo sendo no campo do adversário, é uma boa oportunidade para o Botafogo mostrar a que veio no atual Campeonato Brasileiro. Embora tenha sido amplamente dominado pelo Fluminense, no clássico carioca, a eficiência nas poucas chances que teve para marcar e as grandes defesas de Jefferson, garantiram os três pontos e uma boa subida na tabela - que poderá se confirmar no caso de uma segunda vitória consecutiva. Já senão vencer...

Hora de vencer

 Já o Fluminense, que jogou bem contra o Botafogo, mas acabou derrotado, encara o Atlético Paranaense, no Maracanã. Após um bom início, o time dirigido por Fernando Diniz emendou uma sequência de quatro partidas sem vencer: dois empates e duas derrotas. Apesar disso, é um adversário perigoso. Mas Abel sabe que não pode passar mais uma rodada sem vencer. Até pelo estilo ofensivo dos times dirigidos por Diniz, o confronto promete ser animado. 

Museu de novidades 

O duelo entre Rafael Nadal e Novak Djokovic, numa das semifinais do Masters 1000 de Roma, não decepcionou. O espanhol, rei do saibro, fez prevalecer sua realeza, triunfando por 2 a 0 (7/6 e 6/3) mas o primeiro set foi magnífico, à altura da história do clássico. Decidido no tie-break, poderia ter sido vencido por qualquer um dos dois, que alternaram lances espetaculares, dignos dos melhores momentos das carreiras de ambos.

Rafa decide hoje o título contra o russo Alexander Zverev, estrela maior da nova geração, mas Nole deixa o Foro Itálico com motivos de sobra para aguardar Roland Garros com boa dose de otimismo. Provou a si mesmo que ainda é capaz de jogar de igual para igual com qualquer um – inclusive o Miúra, em seu piso predileto. Confiança era exatamente o que lhe faltava. 

Quem também perdeu, nas semifinais, mas deixa a Cidade Eterna bem melhor do que chegou foi a russa Maria Sharapova. Assim como Djokovic, a musa anda em busca da forma perdida e, mesmo derrotada pela romena Simona Halep, atual número 1 do mundo (4/6, 6/1 e 6/4), num jogo muito parelho, teve atuações convincentes, batendo, entre outras, Jelena Ostapenko, atual campeã de Rolanda Garros.

Djokovic, aos 30 anos, e Sharapova, aos 29, se tornam, assim, as boas “novidades” na lista de fortes candidatos ao título no saibro parisiense. Antes do Masters 1000 de Roma, da forma errática como vinham jogando, ninguém daria nada por eles.

Vernáculo 

Reveladora (e verídica) cena do nosso “velho e violento esporte bretão”. Reunião no departamento de futebol de um grande clube carioca, eis que surge uma dúvida na hora de redigir um documento. Opina daqui, opina dali, resolvem ligar para a secretária: 

- Dona Fulana, como se escreve assessor? Pintou aqui uma dúvida e fizemos até uma aposta. Como? Com esses? Quatro? Juntos, dois a dois?!?! Mas, vem cá, tem certeza absoluta que não tem cê? Nem cedilha? Nenhuma? Tá bom, tá bom...

Desligado o telefone, o cartola revela, desolado:

- Olha aí, pessoal, ninguém ganhou a aposta!

Tapete 

A seleção brasileira chegou para treinar no campo do Bayer Leverkusen e o zagueiro Juan, que na época jogava por lá, ouviu de um gozador a provocação:

- Aqui você vai levar vantagem, pois conhece todos os buracos, né?

E Juan, entre orgulhoso e desafiador: 

- Se você achar um buraco que seja nesse gramado, eu pago o jantar.

O engraçadinho ficou com fome...