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Hora de focar no Brasileiro

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Classificado para as oitavas de final da Libertadores, o Flamengo não pode nem pensar em poupar seus titulares no jogo contra o Vasco, amanhã, pelo Brasileirão. Escalar praticamente uma equipe inteira de reservas, diante da Chapecoense, foi uma besteira colossal, que provocou a primeira derrota rubro-negra na competição e só não custou a liderança na tabela, porque os mais próximos tropeçaram.

Para o Vasco, o clássico dos milhões é também de suma importância. Apesar da decepcionante derrota para o Vitória, em São Januário, a situação dos cruz-maltinos na tabela ainda é boa. Estão apenas três pontos atrás dos líderes e têm um jogo a menos (contra o Santos).

O problema é reencontrar o futebol perdido desde a eliminação na Libertadores e as goleadas sofridas em sequência. O setor defensivo é a maior dor de cabeça do técnico Zé Ricardo. E eu continuo a fazer aquela pergunta que não quer calar: não há nas divisões de base do clube nenhum garoto que jogue mais bola que o Paulão?

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O melhor de todos 

Lucas Paquetá tem sido o mais festejado, Everton Ribeiro finalmente desencantou, Vinícius Jr., ainda que alternando bons e maus momentos, encanta em lances desconcertantes e faz gols, mas, numa análise fria, é fácil constatar que ninguém vem jogando mais bola no Flamengo que o colombiano Gustavo Cuellar. 

Único volante de verdade na equipe, desde que Carpegiani assumiu o rubro-negro (formação mantida por Maurício Barbieri), ele tem sido um leão na cabeça-de-área do Fla e garante também um passe de qualidade, na passagem da defesa para o ataque. Um senhor jogador.

A cada grande atuação de Cuellar fico me perguntando como foi possível que Zé Ricardo tenha preferido Márcio Araújo a ele. Só não me espanto mais porque recordo que o técnico também escalava Rafael Vaz como titular, deixando Juan no banco de reservas. Melhor nem continuar lembrando dessas coisas... 

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Puxão de orelhas 

A comissão técnica do Flamengo precisa puxar as orelhas de Lucas Paquetá, pela insistência com que vem tentando driblar na própria intermediária, na saída do time da defesa para o ataque. Em mais de uma ocasião, ele perdeu a bola e originou contra-ataques perigosíssimos. Jogando mais recuado, Paquetá tem sido eficiente e, de certa forma, ajudou a arrumar o time. Mas está na hora de entender que nessa posição não se pode dar ao luxo de arriscar tanto.

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Só Xerém salva 

O Globoesporte.com revela que o Fluminense é o clube com o elenco mais jovem do Brasileiro: média de 23,5 anos, razão direta da alta taxa de aproveitamento da garotada de Xerém, em função da penúria financeira que o tradicional clube das Laranjeiras atravessa desde que acabou o patrocínio da Unimed – época em que privilegiava a contratação de medalhões, como Deco, Fred, Romário, Ramon, Edmundo etc. 

Curiosamente, o Flamengo, que ao contrário do tricolor, vive um momento de poderio econômico e tem feito contratações de veteranos caros, como Diego, Everton Ribeiro, Diego Alves e outros, também exibe uma média de idade baixa: 24,2, atrás apenas do Flu e do Atlético Paranaense (23,7). 

Sintomaticamente, alguns dos mais fortes candidatos ao rebaixamento têm as médias mais altas: América MG e Ceará (27,3) e Chapecoense (26,7). Os outros dois cariocas, Botafogo (25,1) e Vasco (25,9) são, respectivamente, o nono e o décimo-quinto no ranking dos mais jovens.

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A bola pune 

E o presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Sette Câmara, que esnobou a Copa Sul-Americana e agora viu o seu clube ser eliminado também da Copa do Brasil? Só falta agora levar uma chinelada do Cruzeiro, no clássico mineiro, amanhã, no Independência. Sua sorte é que o maior rival pode poupar alguns titulares, pensando no jogo de meio de semana, pela Libertadores – o time de Mano Menezes está virtualmente classificado, mas ainda sonha com o primeiro lugar no grupo e para isso precisa derrotar o Racing, no Mineirão.

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Clássico à vista 

Se Rafael Nadal derrotar o talentoso, mas temperamental italiano Fábio Fognini e Novak Djokovic vencer o japonês Key Nishikori (as duas partidas serão hoje) o Masters 1.000 de Roma reviverá numa das semifinais, um dos maiores clássicos do tênis na atualidade: Rafa x Nole.

Eles não se enfrentam há mais de um ano – a última vez foi em Madrid, no ano passado, com vitória do espanhol. Antes desse jogo, entretanto, o sérvio venceu sete vezes em sequência. No total do confronto, Djokovic tem 26 triunfos contra 24 de Nadal. Na fase atual, porém, se houver o duelo, acho o Miúra franco favorito.

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O telefone do Totó 

Essa foi contada pelo próprio Renato Gaúcho ao então jovem repórter do Extra, Diogo Aída (atualmente seu assessor de imprensa). Estava o craque na praia quando passou à sua frente uma menina linda, andando no calçadão com um vistoso filhote de cão labrador. Rápido no gatilho, o galã soltou a velha cantada: 

- O cachorrinho tem telefone? 

A gata sorriu e deu o número, toda dengosa. Horas mais tarde, já de banho tomado e envergando a maior beca, Renato ligou para o telefone, já pronto para ir buscar a sua nova conquista. E, do outro lado da linha...

- Veterinária São Luiz...