ASSINE
search button

Guerrero e mais dez

Compartilhar

Não creio que Maurício Barbieri vá escalar Guerrero como titular no jogo contra o Internacional. Ainda mais depois de Henrique Dourado ter feito o gol da vitória, contra a Ponte Preta. Eu, porém, o escalaria. Apesar do “Ceifador” ser o artilheiro rubro-negro na temporada (com oito gols) e do peruano estar sem ritmo, após longa inatividade por causa do doping, a diferença técnica entre os dois é tamanha que eu começaria com ele. 

Se, como acredito ser o mais provável, Dourado iniciar jogando, Guerrero tem de entrar, no segundo tempo – até para recuperar o que falta, em termos técnicos. Com Paolo no comando, o ataque, certamente, melhorará (e muito) como um todo. Nem tanto pelos gols que marca, mas pelo pivô eficiente que sabe fazer, preparando as jogadas para quem vem de trás. 

O duelo com o Internacional, no Maracanã, será o primeiro teste mais forte do rubro-negro no Brasileiro. Se vencer, começará a justificar a liderança que ora ostenta, mais pelos fracos adversários que enfrentou do que pelo futebol que vem jogando. Os progressos recentes são animadores. Mas começa no domingo a prova dos nove, que só vai ser concluída após os jogos que faltam na fase de grupos da Libertadores.

Sem pechincha 

Pela bola que vem jogando, Lucas Paquetá dificilmente permanecerá muito tempo no Flamengo. Mas diante da atual saúde financeira do rubro-negro, não fará o menor sentido negociá-lo por um tostão a menos do que o valor de sua multa rescisória (50 milhões de euros, aproximadamente R$ 200 milhões, num contrato válido até 2020). Seria extremamente produtivo para o clube e para o próprio jogador (que ainda tem muito a evoluir) se ele ficasse mais um ou dois anos por aqui. Como Neymar fez no Santos.

Exterminador do futuro 

Imagine o Vasco disputando a Libertadores com Luan e Anderson Martins, na zaga, Madson numa das laterais e Douglas, Matheus Vital e Nenê no meio-campo. Melhoraria muito, não? Pois é. Quem provocou o desmanche? O ex-deputado que presidia o clube e seu fiel aliado, o empresário Carlos Leite. Como se isso não bastasse, o cartola deixou ainda uma catastrófica situação financeira que, segundo se diz em São Januário, provoca déficit mensal de R$ 10 milhões aos cofres cruzmaltinos! 

Pois não é que, como se não tivesse nada a ver com o desmanche, o ex-deputado esteve ontem no estádio da Colina Histórica, assistindo ao jogo contra o Cruzeiro, entre baforadas de charuto? Como bem comentou um jornalista vascaíno, “parecia um daqueles chefões mafiosos que matam o inimigo e vão ao seu enterro”. Em tempo: acredite se quiser, no meio das inúmeras e lamentáveis brigas de facções de torcidas do próprio Vasco, que aconteceram durante a partida, ainda há quem defenda o cartola...

Segredos e consequências 

Vi o técnico Dorival Jr. (ora desempregado) se queixar a Cléber Machado, em entrevista no “Seleção SporTV”, que a imprensa e os torcedores julgam o trabalho dos treinadores apenas pelos resultados e isso pode ser extremamente injusto. Talvez até seja. Mas não custa lembrar que são os próprios treinadores que fecham os treinamentos e impedem os jornalistas de acompanhar o que é feito por eles nos clubes. 

Em meus tempos de repórter, acompanhávamos tudo o que acontecia durante a semana. Do regenerativo das segundas-feiras (dia seguinte aos jogos) aos rachões dos sábados (véspera das partidas). Era possível, portanto, ver o que o treinador fazia, como os jogadores reagiam, quais aqueles que mais rendiam, que táticas eram traçadas e se elas funcionavam na prática. Podia-se, também, conversar diariamente com todos os jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica e sentir o ambiente do clube de uma maneira geral. Graças a essa liberdade, podia-se analisar o que acontecia na hora da verdade com muito mais base e conhecimento de causa. A modernidade dos centros de treinamento acabou com tudo e implantou o sistema de treinos fechados e entrevistas coletivas de apenas uma pessoa por dia. O que restou? Analisar os resultados. Não reclame, Dorival... 

Imperdível 

Barcelona e Real Madrid se enfrentarão, no próximo domingo, no Nou Camp, num jogão com um sabor especial, embora a Liga Espanhola já esteja decidida a favor do clube catalão e o foco dos “madridistas” seja a final da Liga dos Campeões. Os merengues, porém, não querem que o maior adversário consiga o título invicto, glória só alcançada até então pelo próprio Real Madrid e pelo Atlético de Madrid, na longínqua década de 30.

Ainda faltam três rodadas para o final do campeonato mas se o Barça bater o Madrid, no domingo, ninguém acredita que o Levante (décimo sexto na classificação) e o Real Sociedad (décimo), seus últimos adversários, sejam capazes de derrotar Messi e Cia. O título invicto, somado à conquista da Copa do Rei, ajudariam o Barcelona a diminuir um pouco o gosto amargo, caso o Real Madrid erga, pela terceira vez consecutiva, a “Orelhuda”, principal taça do europeia.

Armagedon 

Para tudo! Muralha defendeu um pênalti, na China! Corram para as montanhas! Vem ciclone e tsunami por aí!