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Barbieri desliga o chuveiro no Fla

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À primeira vista, a única coisa que o Flamengo fez de bom no magro triunfo, por 1 a 0, sobre a Ponte, em Campinas, foi o belo lance do gol da vitória: uma triangulação perfeita entre Everton Ribeiro, Lucas Paquetá e Henrique Dourado, com a conclusão do artilheiro para o fundo da rede. 

Um outro detalhe, entretanto, me chamou a atenção e gostei do que vi. Pela primeira vez, em no mínimo dois anos, o rubro-negro não usou e abusou dos centros altos sobre a área. Terá o jovem técnico Maurício Barbieri, num rasgo de inteligência tática e estratégica, percebido que esse era um tipo de jogada inútil, ainda mais num time que povoa tão pouco a área adversária? Se o fez e proibiu, ou pelo menos limitou, o maldito chuveirinho, ganhou um fã. 

Ao invés de alçar bolas a esmo nas proximidades do gol adversário, o Flamengo optou, dessa vez, por tocar a bola, procurando abrir espaços para jogadas mais incisivas, como a que resultou no belo gol que decidiu o confronto. Não criou tanto quanto se podia esperar, principalmente porque Vinícius Jr. errou bem mais do que acertou – e era pela esquerda que o Fla insistia no ataque. Numa das poucas vezes em que acionou Geuvânio, outro que tampouco conseguiu dar sequência às tramas ofensivas, nasceu o gol. E pouco mais aconteceu. 

O jogo serviu, entretanto, para consagrar a fixação de Lucas Paquetá no meio-campo, atuando como uma espécie de segundo volante, à frente de Cuellar, com quem dialogou sempre com toques de classe de ambas as partes. Enquanto esteve pelo meio (no lugar de Diego), Everton Ribeiro também contribuiu para dar qualidade ao setor e se Vinícius Jr. e Geuvânio estivessem em noite inspirada, a vitória poderia ter sido mais convincente. 

De qualquer forma, o dever de caso foi feito, graças também a um pouco de sorte, pois numa bobeada colossal de Léo Duarte (Juan foi poupado), a Ponte só não empatou porque a primeira bola chutada por Felippe. Cardoso bateu no travessão e a segunda, na sequência, foi defendida de forma espetacular por Diego Alves. Agora, basta um empate, no jogo de volta, no Rio, para que o Flamengo siga adiante na Copa do Brasil.

Vinícius Jr. x Neymar x Gabriel Jesus 

O “Expediente Futebol”, do Fox Sports, comandado pelo ótimo narrador João Guilherme, apresentou, na segunda feira passada, números que, confesso, me surpreenderam. Comparando Vínicius Jr., Neymar e Gabriel Jesus, tendo como parâmetro a mesma quantidade de minutos disputados no início da carreira: 2.245 (atingidos pelo moleque do Fla, na partida contra o Ceará, no último domingo), revelou que Vinícius tem mais gols que ambos:12, contra 8 de Neymar e 8 de Gabriel Jesus. 

CR7 x Salah 

O placar de 4 a 2 para a Roma pode dar a falsa impressão de que faltou pouco para devolver a goleada de 5 a 2 sofrida em Liverpool. Não foi nada disso. Os ingleses estiveram a maior parte do tempo com a situação sob controle, à frente do placar duas vezes, e os romanos só marcaram o último gol, de pênalti, no derradeiro lance do jogo. Definida a final, analisando time por time, acho o Real Madrid mais forte que o Liverpool. Mas não o suficiente para considera-lo favorito. Particularmente, torcerei pelos ingleses. Nas quartas-de-final, contra a Juventus, e na semifinal, diante do Bayern, o Madrid foi vergonhosamente ajudado pela arbitragem. Dá-lhe, Salah!

Atropelada e recorde

Nunca tinha visto isso. Um time passar o jogo inteiro em desvantagem no placar, conseguir empatar a duras penas, levando a partida para a prorrogação, e aí assumir o controle até a vitória final. Foi o que aconteceu no primeiro jogo entre o Toronto Raptors e o Cleveland Cavaliers, disputado no Canadá. O fator de desequilíbrio, uma vez mais, foi LeBron James, que deixou a quadra com mais um triplo-duplo (26 pontos, 11 rebotes e 13 assistências) e um novo recorde na carreira: tornou-se o maior ladrão de bolas da história da NBA, ultrapassando 400 e superando a marca anterior (399) de Scottie Pippen. Como já acontecera na primeira fase dos playoff , diante do Indiana Pacers, King James enfrenta uma equipe mais forte que a sua. Mas segue fazendo a diferença. O placar final foi Cavaliers 113 x 112 Raptors. O segundo confronto, ainda no Canadá, será hoje, às 19 horas.

Cara de pau 

E o Loco Abreu, hein? Arremessou uma mesa do gramado em cima da sua própria torcida, mas diz que não pretendia acertar ninguém... Atuando pelo Audax Italiano, do Chile (apenas uma vitória em 11 partidas do torneio chileno), ele pode pegar suspensão de até 10 partidas. Aos 41 anos, o Loco podia aproveitar e pendurar as chuteiras. Não joga nada há anos.

Missão cumprida

 Com sérios problemas financeiros e vítima de desmanche criminoso, orquestrado no final do ano passado, pelo ex-deputado que presidiu o clube e seu empresário predileto, Carlos Leite (vide as saídas de Nenê, Matheus Vital, Anderson Martins e Madson), o Vasco foi longe até demais na Libertadores. Passou as duas primeiras fases e, com o azar de cair no Grupo da Morte, fez o que era esperado dele: morreu.