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Brilha a estrela solitária

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Ironia do destino. O Vasco, que tantas vitórias conseguiu nesse campeonato, marcando o gol decisivo nos derradeiros lances, perdeu o título exatamente assim. E o lateral Fabrício, autor de um desses tentos salvadores (contra o Fluminense, na semifinal), tornou-se um dos responsáveis diretos por essa derrota, ao ser expulso, ainda no primeiro tempo, após entrada criminosa em Luiz Fernando – que teve que ser substituído, com suspeita de fratura no tornozelo. 

Até a expulsão, num jogo truncado e fraco tecnicamente, o time de Zé Ricardo era ligeiramente superior e parecia mais próximo do gol. Veio a agressão estúpida, num lance sem a menor importância, na intermediária, próxima à linha lateral, o cartão vermelho merecido e tudo mudou. 

Com um jogador a mais, o Botafogo passou a comandar a partida e, apesar das enormes dificuldades que encontrava para ameaçar de fato a meta de Martín Silva, não desistiu jamais. O gol salvador acabou saindo através do zagueiro argentino Carli, a apenas 30 segundos do término dos acréscimos do segundo tempo. 

Gol que premiou o espírito de luta do capitão do Glorioso que, no final da partida, inconformado com o empate, tornou-se um autêntico atacante, sempre presente à área cruzmaltina. Se faltava técnica, sobrava disposição. E graças a ela aconteceu a vitória e a consequente decisão por pênaltis, onde brilhou Gatito Fernández, que pegou duas cobranças, enquanto Martín Silva defendeu uma. 

Sobrou gente no estádio, mas faltou futebol. O gol de Carli e a disputa pelas penalidades salvaram a final do carioquinha, pela emoção. Mas o campeonato, uma vez mais, foi um desastre. Somente a Federação do Rubinho saiu no lucro. Todos os demais saíram perdendo. O Botafogo, pelo menos, levou a taça. Parabéns ao Glorioso. 

O maior vencedor 

Dirigindo um time sem estrelas e que ainda perdeu dois de seus principais jogadores na hora decisiva (João Paulo e Rodrigo Lindoso), o técnico Alberto Valentim termina o carioquinha como principal destaque da competição. Trocado por Roger, no Palmeiras, assumiu o Botafogo já com o torneio em andamento, organizou taticamente a equipe e acabou, merecidamente, campeão. Enquanto isso, o Verdão...

Foi ver quem? 

E o técnico Tite, que apareceu na final do carioquinha? Foi observar algum jogador? Não consigo imaginar quem. Se o jovem Paulinho ainda estivesse em campo, até poderia ser – ainda que, mesmo assim, fosse extremamente improvável a sua convocação. Sem o garoto bom de bola da colina, sinceramente, o treinador da seleção, nada tinha a fazer no Maracanã. Muito mais proveitosa teria sido sua ida à final do Paulista (para observar Dudu, Cássio ou Rodriguinho) ou à do Gaúcho (para ver Luan, Geromel ou Arthur), ou até à do Mineiro (para ver Th iago Neves). Essa, realmente, não deu pra entender, “professor”.

Quem sabe? 

Ou será que o Tite queria ver o Paulão?!?! Até porque, contando o que ele faz, ninguém acredita... O que a criança deu de bicão para onde o nariz aponta, não está no gibi.

Segura o Miúra! 

Rafael Nadal atropelou o jovem Alexander Zverev, na linda quadra de saibro montada na Plaza de Toros de Valência, ajudando a Espanha a derrotar, de virada, a Alemanha na Copa Davis. David Ferrer fez o ponto decisivo, ao bater Philipp Kohlschreiber, numa maratona de quase cinco horas. Os espanhóis disputarão agora uma das semifinais contra a França, enquanto os EUA e Croácia jogarão a outra. Pelo que jogou diante de uma das maiores estrelas da nova geração, Nadal mostrou que está pronto para conquistar o seu décimo-primeiro título no saibro de Roland Garros. Ainda mais com as já anunciadas ausências de Federer e Murray e a péssima fase de Djokovic.

Emoção só no ?m 

Como eu temia, o GP do Barhein foi extremamente monótono. Salvaram-se as últimas dez voltas, quando Bottas pressionou Vettel, cuja Ferrari já estava com os pneus desgastadíssimos e não podia fazer nova troca, pois perderia a corrida e as duas primeiras posições para a Mercedes. O alemão segurou a ponta e venceu de novo. Se Hamilton não tivesse perdido cinco posições, por troca no câmbio, a corrida poderia ter sido bem mais interessante. Depender de Bottas e Raikkonen, que atropelou (sem culpa) um mecânico num pit-stop e foi forçado a abandonar, não dá. 

Mais um King Kong 

E Renato Gaúcho anunciou que fica no Grêmio. Mais um mico monstruoso dessa dupla Bandeira de Mello e Fred Luz, as maiores grã-fi nas de narinas de cadáver do futebol brasileiro. Aquelas que entram no Maracanã e perguntam, excitadas: “Quem é a bola”? Pobre futebol do Flamengo.