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Conversa ?ada

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Essa história de o meio-campo Marquinhos Gabriel, do Corinthians, não querer vir para o Botafogo por causa da violência no Rio de Janeiro não me convence. É uma recorrente desculpa esfarrapada, que já foi usada até por Felipão, em 2010, alegando o medo da mulher, para romper um pré-acordo que tinha com os dirigentes rubro-negros e aceitar a proposta do Palmeiras, que apareceu depois. 

O maior receio que vários profissionais do futebol têm em relação ao futebol carioca não está ligado à insegurança da cidade, mas sim à caótica situação financeira dos clubes cariocas – o Flamengo, agora, é a exceção que confirma a regra. Salários atrasados são uma constante por aqui e a atual confusão entre o Fluminense, Gustavo Scarpa e Palmeiras exemplifica bem o problema.

Some-se a isso, a impressão de que, uma vez mais, exceção feita ao Fla, os clubes do Rio estão com elencos muito fracos e deverão brigar apenas para não cair no Brasileiro e chega-se ao real motivo que faz com que, não somente Marquinhos Gabriel, mas vários outros jogadores não queiram se aventurar por aqui.

Falta de “descon?ômetro” 

Na véspera de novo clássico contra o Vasco, após toda a polêmica causada pela violenta entrada de Rildo, fraturando a perna de João Paulo (punida apenas com cartão amarelo!), o presidente da Federação do Rio convocou os dirigentes do Botafogo para falar de... arbitragem! O que terá dito ele? Que haverá compensação hoje, pelo desastroso erro de domingo? O que os cartolas do Vasco acharam disso?  Oficialmente, o encontro foi para anunciar a suspensão, por tempo indeterminado, do árbitro Leonardo Cavaleiro (o péssimo juiz que não expulsou Rildo). E precisava de reunião pra isso? Me engana que eu gosto!

Que desagradável! 

O Expediente Futebol, programa vespertino do Fox Sports, apresentado por meu amigo e craque na locução João Guilherme, revelou números estarrecedores do ridículo carioquinha do Rubinho. Ei-los: 

Público de Fla, Flu, Vasco e Botafogo SOMADOS (25 jogos): 117.311 pagantes

Público do Cruzeiro (7 jogos): 190.858

Público do Palmeiras (6 jogos): 179.329

Público do Corinthians (6 jogos): 142.628.

Como bem diz o próprio João, em suas sempre ótimas e divertidas narrações: Que desagradável!

Pixels brancos 

Depois de Willian José e Talisca, a nova invenção de Tite é Ismaily, de 28 anos, lateral-esquerdo do Shakhtar Donetsk. Ele foi com 19 anos para a Europa e passou, sem brilho, por Portugal (Estoril, Olhanense e Braga), antes de se transferir para a Ucrânia. No Brasil, começou na base do Ivinhema e passou pelo Desportivo Brasil e São Bento. Qualquer outro treinador que o convocasse para a seleção estaria sob suspeita de estar agindo para agradar empresários interessados em valorizar o desconhecido jogador para vendê-lo a algum clube mais importante. Abre o olho, Tite! Como você apregoa nas suas propagandas para as TV Samsung, imagem é tudo. Por que não Guilherme Arana (ex-Corinthians, atualmente no Sevilha) ou Jorge (ex-Flamengo, jogando no Mônaco)? Aposto que são bem melhores que esse tal de Ismaily.

CBV sob pressão 

Envolta em denúncias que vão de farra de passagens aéreas a venda ilegal do material da Olympikus, que não é mais fornecedora das seleções de vôlei, a diretoria da Confederação Brasileira de Voleibol será pressionada, na assembleia geral de hoje, em Araruama, para modificar seu estatuto, aumentando o número de votos dos atletas – atualmente são apenas dois, os medalhistas olímpicos de ouro Emanuel Rego (representante no vôlei de praia) e André Heller (de quadra). 

O que ambos pleiteiam é que esse número de votos de jogadores que fazem parte das respectivas comissões (praia e quadra) seja ampliado para dez. Atualmente, o colégio eleitoral é formado por 27 federações, dois clubes (Minas e Pinheiros) e dois atletas (Emanuel e Heller). Está mais do que na hora de democratizar a CBV e tirar o poder das mãos das caquéticas e carcomidas federações.

Bondinhos milionários 

Década de 90, o Flamengo viajava de avião para jogar no Nordeste e o lateral Fábio Baiano ia sentado ao lado de Romário, que folheava uma revista “Caras”. Impressionado com as fotos de uma mansão, Baiano perguntou ao Baixinho:

- De quem é essa casa?

- É do Abílio Diniz, dono do Pão de Açúcar.

E Fábio Baiano, espantadíssimo:

- Puxa, nunca imaginei que aqueles bondinhos dessem tanta grana...