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Um grito de alerta no Fla 

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Em seu sexto ano como presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello é visto, pela maioria dos torcedores e da imprensa, como um gestor competente, que colocou o clube administrativamente em ordem e, se ainda não alcançou o sucesso esperado no futebol, parece estar no caminho certo. Mas à medida em que vai se encerrando o seu ciclo à frente do rubro-negro críticas também começam a surgir, algumas delas vementes, como a do ex-candidato à presidência Maurício Rodrigues (derrotado no pleito há seis anos), filho do ex-presidente Hélio Maurício, e, indiscutivelmente, um rubro-negro antenado com o que ocorre na Gávea e no Ninho do Urubu. Vale a pena prestar atenção no que diz. 

“A atual administração completa seis anos à frente do Flamengo. Chegou demonizando o passado e se posicionando como a solução não só para o clube, como também como o magistral sopro de competência e modernidade para o combalido futebol brasileiro. Repleta de “gênios” nas vice-presidências e diretorias, montou um esquema de autopromoção pelas redes sociais jamais visto no futebol brasileiro. Nisso, sem dúvida, foram competentes. E no mundo real?

Bem, aí, como se costuma dizer, há controvérsias. O que fizeram nesses seis anos? Vamos lá: compraram mais de 70 jogadores medíocres e outros em curva descendente e que atuavam no exterior. Também encheram o Ninho do Urubu de “craques” sul-americanos. Tudo isso regado a salários acima do mercado. Nos gramados, uma coleção de fracassos. Nos estádios, a massa de 40 milhões de torcedores que faz a Nação, foi “escanteada”, ignorada. Venderam a casa de São Conrado, venderam a sede do Morro da Viúva, venderam o lateral Jorge, venderam o menino Vinicius Jr. O dinheiro acabou. A portentosa patrocinadora Carabao, anunciada e comemorada com pompas e circunstâncias, sumiu igual à Conceição, ninguém sabe, ninguém viu. E a Caixa Econômica ameaça escafeder-se.

A Ilha do Urubu, onde foram gastos R$ 20 milhões, afundou. As cotas que a Globo paga ao Flamengo já foram antecipadas e gastas. Agora venderam o garoto Vizeu à Udinese e solicitaram reunião de urgência do Conselho de Administração para antecipar os recebíveis desta venda, mais ou menos o velho “desconto de duplicatas”, pagando juros a uma instituição financeira. A imagem que retrata o pensamento desta administração foi protagonizada pelo próprio presidente Bandeira, ao dar, publicamente, uma banana para todos os rubro-negros. Acorda Nação!”

Morando atualmente em São Paulo, Maurício não tem planos de se candidatar novamente. Mas para que Bandeira de Mello pense em fazer o seu sucessor, é bom que o futebol comece a ganhar. Pois, ao que tudo indica, a campanha já começou.

Mudança de alto risco 

Em mais uma derrota do time reserva do Flamengo, o técnico Carpegiani gostou das atuações de William Arão e Geuvânio, dois dos jogadores que mais irritaram a torcida, no ano passado. Admite até usar o volante como titular, contra o Emelec, ao lado de Jonas, abrindo mão de um dos meias, provavelmente Éverton Ribeiro.

É compreensível que pense em reforçar o sistema defensivo, num jogo fora em que precisa, no mínimo, buscar um ponto. Mas é uma aposta de alto risco. Se Arão conseguir voltar a mostrar o futebol que levou o rubro-negro a comprar uma briga com o Botafogo, para contratá-lo, o treinador marcará um golaço. Mas se der errado... Idem, idem para Geuvânio, que até hoje não foi nem sequer sombra do jogador de seus tempos no Santos.

Empate injusto 

O Botafogo fez um mau primeiro tempo, mas no segundo tomou conta do campo, pressionou o Volta Redonda e criou inúmeras oportunidades para marcar. Ainda assim, não conseguiu a vitória, ficando no empate em 1 a 1, que o deixa em situação delicada na Taça Rio, em terceiro lugar em seu grupo, atrás do Fluminense e da Portuguesa. Aos poucos, porém, dá pra notar evolução no time, agora dirigido pelo promissor Alberto Valentim. O diabo é que continua a faltar jogador que faça a diferença. Com esse elenco atual, o Brasileirão promete ser sofrido em General Severiano.

Calvário de Nole 

Em seu primeiro jogo após a cirurgia no cotovelo (realizada depois do Aberto da Austrália), Novak Djokovic foi eliminado na estreia em Indian Wells, pelo inexpressivo japonês Taro Daniel (107 do mundo), com parciais de 6/7, 6/4 e 6/1. Começa a ficar cada vez mais difícil crer que será capaz de voltar ao nível espetacular dos tempos em que foi o número 1 e venceu, em sequência, os quatro torneios do Grand Slam. Que pena, Nole!

Peladeiros 

Esse time do Nova Iguaçu não podia disputar nem campeonato de pelada. O Flu liquidou a parada em menos de 20 minutos.