Águas de oceanos, rios e profundezas na semana de São Paulo
Não se trata das chuvaradas constantes na capital paulista, nem do tradicional estilo marinheiro. A moda que desfila em São Paulo nesta semana tira inspirações aquáticas, de formas bem diferentes. O melhor desfile, da Ellus, usou referências que iam de tubarões a mergulhos noturnos, em variações da linha cinco-bolsos, mas com muito mais luxo de técnicas de resina sobre os tecidos, cortes alongados nas jaquetas - o estilo que ficou conhecido como mullet. Mas a melhor coleção, pela feminilidade e elegância, foi da Iódice. Sem seguir literalmente o tema das águas que vão e vêm, a equipe dirigida por Valdemar Iódice desenvolveu uma série de vestidos perfeitos para um verão de verdade. Modelos tomara-que-caia, saias de couro com ilhoses, um final de vestidos coloridos e jovens, foi uma bela coleção do princípio ao fim.


Paula Raia também mereceu destaque, com um trabalho de tecidos refeitos em tramas e torsades nos quadris, formando um shape longilíneo interessante.
Ronaldo Fraga encerrou o dia homenageando o Pará e a região dos rios amazônicos. A sala foi decorada como uma pequena selva de folhagens, as estampas tinham guarás - as garças vermelhas do Pará - e além dos toques típicos, incluindo as músicas, havia bons modelos de bermudas e vestes ou tops em tecidos amassados. Um jeito paraense na passarela, com opções arejadas para todos os verões.
O que fica para vestir: bermuda alongada do Ronaldo Fraga
Calças skinny da Ellus, com jaquetas mullet
Vestidos da Iódice, principalmente o branco, solto, com três ilhoses grandes acompanhando o decote. É o modelo do dia