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Atletas investem nos dentes para melhorar rendimento

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Bolas autografadas de futebol, vôlei, basquete, tênis, beisebol e até futebol americano. Luvas de goleiro, faixa preta, boné consagrado por Ayrton Senna e um quadro do Maracanã. Esses não são itens que você encontra em uma visita ao dentista, mas fazem parte do cenário onde atletas de diversas modalidades estão realizando um acompanhamento odontológico que afeta o desempenho nas quadras e nos campos. Equilíbrio é a palavra mais utilizada pelo dentista Rodrigo Albuquerque, de 43 anos – 20 deles dedicados à profissão, e os três mais recentes à odontologia do esporte. 

Ele atende atletas como Matheus Alessandro, do Fluminense, Maurício Borges, da seleção brasileira de vôlei, Olivinha, do Fla Basquete, além de profissionais de futebol americano, natação, karatê, remo, futevôlei e hóquei sobre a grama. “Percebi uma tendência internacional de um estudo completo quando se faz odontologia, principalmente em relação à parte postural”, explica Rodrigo Albuquerque. A partir dos primeiros relatos de melhorias específicas por parte de seus clientes, Rodrigo decidiu se aprofundar nessa área, que ainda engatinha no Brasil. O dentista reforça o mantra: “A saúde começa pela boca”. A

pesar de cada vez mais atletas procurarem o tratamento bucal individual como forma de melhorar o sono, a resistência e a força, nas quadras e no campo, a odontologia ainda é negligenciada pelos clubes. De acordo com Rodrigo, é mais do que possível criar uma ligação de seu ramo com a preparação física, a fisioterapia, a fisiologia e a ortopedia, especialidades amplamente aceitas no meio do esporte.“Trabalho preventivo sempre é mais barato que o trabalho curativo”, alerta. A conversa com outras áreas,  inclusive, é o resultado final das etapas do tratamento odontológico para atletas, por meio de indicações para outros profissionais. 

É o que ocorre depois de identificar problemas orais e posturais, analisar os movimentos da cabeça e da mandíbula e preparar a plaquinha de acrílico que corrige a chamada mordida cruzada. “Sinto minha postura bem melhor. Passei a atacar mais forte por ter mais equilíbrio”, conta o ponteiro Maurício Borges, do Sesc-RJ e da seleção.