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Futebol italiano: Bari, Cesena e Reggiana falidos

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Enquanto a milionária Juventus de Turim investe 300 milhões de euros, entre aquisição e salários, para contratar o astro português Cristiano Ronaldo, a crise financeira assola os clubes de menor porte do futebol italiano. Reggiana, Bari e Cesena - todos com passagem pela Série A -, terão que fechar as portas e terão que recomeçar suas histórias esportivas na Série D (amadora) com outro nome e escudo.

A Reggiana, que disputou a Série C na última temporada, apresentou a documentação para se inscrever no campeonato, mas teve sua participação na competição bloqueada em função das dívidas acumuladas pelas últimas gestões. Mas nem tudo foi assim no clube, fundado em 1919, e que foi o primeiro da Itália a possuir estádio próprio e disputou a Série A em 10 temporadas. Foi o primeiro clube da carreira de Carlo Ancelotti como treinador e teve o brasileiro Taffarel e o atacante italiano Fabrizio Ravanelli como os maiores jogadores de sua história. 

Depois de disputar a Série B na temporada passada e ter brigado para não cair, o Cesena teve seu pedido de falência decretado pela justiça italiana. Fundado em 1940, o clube precisava levantar 6 milhões de euros para conseguir se inscrever na competição. Chegou a negociar a salvação financeira com investimentos de um banco britânico que desistiu da operação por considerá-la de alto risco. 

O clube disputou 13 edições da elite do futebol italiano, sendo a última na temporada 2014/15. Entre seus principais jogadores estão o brasileiro Silas (ex-São Paulo e seleção brasileira), o atacante romeno Adrian Mutus e os italianos Emanuele Giaccherini (meia) e Vicenzo Iaquinta (atacante).

O Bari, clube de 110 anos, também tentou investimentos externos para reunir os 4,5 milhões de euros que o manteriam na segunda divisão italiana. Seu salvador seria Andrea Radrizzani, dono do Leeds United, que disputa a segunda divisão inglesa. Radrizzani alegou que não havia tempo hábil para levantar a quantia. 

Três vezes semifinalista da Copa da Itália e com 33 participações na Série A, tendo conquistado um sétimo lugar em 1947, teve como principais jogadores o atacante brasileiro João Paulo (ex-Guarani e seleção) e o meia inglês David Platt. 

O clube passou por crise semelhante a partir de 2011, quando o então proprietário Vincenzo Matarrese e todo o conselho de administração demitiram-se após 28 anos a frente do clube. Sem o suporte financeiro da influente família Mattarese, a dívida atingiu 30 milhões de euros. A falência foi decretada em 2014 e o Bari foi comprado após três tentativas de leilão para arrematar a massa falida.