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Salah ganha título de 'cidadão honorário' da Chechênia

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A autoridade máxima política da Chechênia, Ramzan Kadyrov, concedeu o título de "cidadão honorário checheno" a Mohamed Salah, astro da seleção do Egito, que escolheu Grozny como sua base durante a Copa do Mundo, anunciou a Federação Egípcia de Futebol.

Os "Faraós" foram eliminados após dois jogos no Grupo A, ao perderem para o Uruguai (1-0) e para a Rússia (3-1), e vão encerrar sua participação na competição na segunda-feira contra a Arábia Saudita, também matematicamente eliminada.

Kadirov recebeu a seleção egípcia na sexta-feira em um jantar em Grozny, antes da viagem da equipe para Volgogrado para a partida contra os sauditas.

A Federação Egípcia de Futebol publicou em suas redes sociais várias fotos da recepção e em uma delas Kadirov e Salah apertam as mãos, sorrindo e com o jogador entregando uma camisa dedicada ao líder.

Ramzan Kadirov "concedeu a cidadania honorária chechena à estrela da seleção", indicou a Federação Egípcia em suas legendas.

Dois dias antes da Copa, outra foto de Salah cumprimentando Kadirov já havia virado notícia e levantado críticas de organizações de defesa dos direitos humanos.

Ao escolher a cidade de Grozny, capital da Chechênia e distante dos locais do torneio, como seu local de concentração, o Egito optou por se distanciar dos principais meios de comunicação.

O fato de que o fim do Ramadã coincidiu com o início da Copa do Mundo também poderia ter influenciado na eleição daquela cidade.

A Chechênia, de maioria muçulmana, é dirigida com mão de ferro por Kadirov, com o apoio do presidente russo Vladimir Putin. As organizações de defesa dos direitos humanos denunciam regularmente ataques graves às liberdades nesse território.

O jogador de 26 anos e estrela do Liverpool, chegou à Copa lesionado. Ele não participou da primeira partida contra os uruguaios, mas foi titular contra os russos, sem ser capaz de evitar a derrota de sua equipe.